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Paulo Guedes, o “guru” de Bolsonaro, é sócio de empresários da educação à distância

Ensino à Distância, EAD, é a grande estratégia anunciada pelo candidato Jair Bolsonaro para disfarçar o objetivo de destruição total da educação pública no Brasil. De acordo com as declarações do candidato, a proposta é oferecer ensino à distância do fundamental ao superior. No programa de governo do ex-capitão reformado do Exército há a defesa da educação à distância, afirmando que deveria ser vista como um importante instrumento e não vetada de forma dogmática”. 

Não é preciso ser especialista em Educação para saber o forte impacto negativo que essa proposta causará às camadas mais pobres da população. Além do afastamento da criança e do jovem do convívio escolar, fundamental para o seu desenvolvimento sócio-emocional, o EAD não tem como substituir o papel do atendimento humanizado e especializado do professor ao aluno. 

Outro impacto desastroso será o desemprego em massa dos profissionais da educação e a contratação em condições precárias de monitores à distância, que desencadeará uma maior desvalorização do ofício docente.


Qual é o verdadeiro objetivo da implementação do EAD


Uma análise sobre quem é o economista Paulo Guedes, responsável pela proposta econômica de Bolsonaro e cotado para ser ministro da Fazenda ou da economia, pode responder essa questão. De acordo com a própria imprensa burguesa, o Posto Ipiranga de Bolsonaro atua em investimentos nas áreas de educação, energia e óleo & gás. Tais setores terão impacto positivo se forem implantadas as medidas do programa do seu candidato. Guedes é sócio e membro do comitê executivo da Bozano Investimentos, empresa que tem investimentos diretos (ou por meio do mercado de ações) em empresas que atuam em setores para os quais o economista defende novas regras. Ou seja, advoga em causa própria. Não por acaso, na equipe de Bolsonaro, Guedes é o principal defensor do programa de privatização que causará impacto em todos esses setores. Obviamente que se trata de um escandaloso caso de conflito de interesses, onde os negócios privados se sobrepõem aos interesses coletivos. Mas governar em respeito aos anseios do povo é o que menos interessa na proposta de um governo que já se apresenta como antidemocrático.

Uma das principais áreas de negócio de Guedes é a educação, onde já investia em seu fundo, BR Investimentos, incorporado pela Bozano em 2013. Nos diversos fundos da Bozano, há oito empresas de educação. A maioria delas explora a educação à distância online ou redes de universidades. Ao ser colocada em prática a ampliação do EAD, a educação pública perderá investimentos, enquanto empresas privadas aumentarão seus lucros através de convênios com governos estaduais e prefeituras. Os sócios de Guedes nos fundos da Bozano estão ansiosos pela sua chegada ao governo.

Esta é a fórmula dos grandes capitalistas para se livrarem da crise econômica sem perderem seus lucros assaltar os cofres públicos e se beneficiar do dinheiro arrancado do suor da classe trabalhadora. A ideologia liberal que prega a redução do Estado, privatização e vendas de ativos públicos para recuperar a economia não passa de uma falácia. O Estado só será reduzido para os trabalhadores. Para os grandes capitalistas, como sempre, será uma “grande mãe”.

Educação Pública, gratuita e de qualidade para todos é direito fundamental do povo!! Não ao projeto privatista de Bolsonaro e seu “guru” sanguessuga.



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