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15 de maio: Tsunami da Educação

No último dia 15 de maio, em todo o Brasil, centenas de milhares pessoas tomaram as ruas em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade e contra a Reforma da Previdência. Organizados como “Greve Geral da Educação, Contra a Reforma da Previdência”, os atos gigantescos foram realizados em todos os 26 estados da Federação e no Distrito Federal e deram uma pequena amostra da revolta popular contra os ataques do governo. O movimento, sem dúvidas, será um forte fomentador da Greve Geral dos trabalhadores que está sendo convocada para o próximo dia 14 de junho contra a Reforma e demais ataques.
 
Impulsionado, principalmente, pelo setor da educação, o dia 15 de maio reuniu a juventude estudantil, professores e técnicos administrativos do ensino básico ao superior, que saíram às ruas contra os recentes cortes de verbas anunciados por Bolsonaro e sua equipe. Somaram-se ao movimento os trabalhadores e sindicalistas das mais diversas categorias, demonstrando que as pautas de luta são de toda a classe operária. O grito “unificou, unificou, é estudante junto com trabalhador” norteou as manifestações, como no caso de Belo Horizonte, que, segundo os organizadores, reuniu mais de 200 mil pessoas.

Além disso, o ato foi convocado por todas as centrais sindicais, movimentos sociais, partidos e correntes dos mais diferentes espectros políticos da esquerda brasileira, demonstrando não só a gravidade dos ataques perpetrados pelo atual governo, mas, sobretudo, a disposição de luta das massas. Para enfrentar a política de retirada de direitos da classe trabalhadora, privatizações irrestritas e aprofundamento do neocolonialsimo é estritamente necessária a unidade na ação em defesa dos direitos da classe trabalhadora.

O presidente Jair Bolsonaro, que se encontra no Texas, atacou os protestos afirmando, em coletiva de imprensa, que os manifestantes não passam de “idiotas úteis, imbecis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona”. O fato é que o dia 15 de maio, movimento que está sendo tratado como “Tsunami da Educação”, mostrou que os ataques contra os direitos elementares, historicamente conquistados pelo proletariado no Brasil, como é o caso da educação e aposentadoria, não irão passar sem um enfrentamento de classes.

Não podemos esquecer que os cortes da Educação estão sendo mobilizado pelo governo como uma espécie de chantagem para a aprovação da Reforma da Previdência. Nas palavras do próprio ministro da educação, Weintraub, em audiência na Comissão de Educação do Senado Federal, se a economia recuperasse com a aprovação da Previdência, haveria descontigenciamento. A resposta veio nas ruas. Os brasileiros não aceitarão nem os cortes na educação, muito menos a Reforma da Previdência.

 

Unidade na Luta

 

Sem dúvidas o dia 15 de maio ficará marcado. É necessário que as mobilizações deste dia sejam apenas o começo de um período de acirramento da luta de classes. Os trabalhadores e suas direções devem aproveitar o momento para intensificar a mobilização até o dia 14 de junho, data em que está marcada a Greve Geral de todas as categorias. Só assim conseguiremos parar o País e derrotar a investida da direita. É através da luta unificada de toda a classe trabalhadora que conseguiremos dar uma resposta à altura aos atuais ataques e inclusive revogar medidas anteriores, como a Reforma Trabalhista e o congelamento dos investimentos sociais (Emenda Constitucional 95).

14 de junho: Greve Geral!

Contra a Reforma da Previdência!

Pela revogação imediata da Reforma Trabalhista!

Unidade na luta entre estudantes e a classe trabalhadora! Greve Geral por tempo indeterminado e com ocupações para barrar os ataques!

 


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