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Hospital João XXIII sofre com precarização promovida pelo governo do estado

Desde o dia 15 de janeiro, funcionários e enfermeiros do Hospital João XXIII, administrado pela Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), estão em greve reivindicando melhores condições de atendimento e denunciando as péssimas condições de trabalho. Dentre as denúncias feitas pelos trabalhadores estão a falta de medicamentos básicos, como antibióticos e antifúngicos, e a falta de leitos para acomodar pacientes no CTI (Centro de Terapia Intensiva).

A situação é absurda. Os relatos dos servidores falam do fechamento de quatro boxes para cirurgias de emergência, inativos por falta ou quebra de equipamentos, isso sem falar nos problemas com os alimentos servidos aos pacientes, goteiras e buracos no teto das salas, elevadores que não funcionam etc. O que estamos vendo no João XXII é um verdadeiro crime contra a população, em especial os mais pobres, que dependem deste importante Hospital, referência no tratamento de várias doenças e uma das maiores unidades de saúde do estado de Minas Gerais.

Como desculpa, o governo do estado afirmou que, apesar de reconhecer os problemas, este seria um momento de “reestruturação” da saúde, motivo para a crise. Na verdade o que estamos vendo na saúde é o mesmo processo que tem sido aplicado em todas as áreas e serviços sociais: a política nefasta de precarizar para privatizar. O nosso Sistema Único de Saúde (SUS) já vem na mira das privatizações há muito tempo e a principal forma de aplicar esta entrega é por meio do congelamento dos gastos, a exemplo do congelamento dos gastos públicos por pelo menos 20 anos, e os constantes cortes de verbas. Tal política coloca em risco não só o atendimento à população, mas também os empregos de milhares de profissionais que trabalham nos hospitais públicos do País.

O SUS é uma referência para vários países do mundo como um sistema inclusivo que atende toda a população brasileira gratuitamente, com atendimentos e acompanhamentos médicos, fornecimento gratuito de medicamentos, campanhas de vacinação para todas as idades, entre outras políticas de saúde pública. Não podemos aceitar que este sistema seja precarizado e destruído. Defender o SUS, seus hospitais, além da defesa dos trabalhadores que integram este sistema, é defender toda a população brasileira.


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