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Política do Governo frente a pandemia serve para eliminar e oprimir parte da classe trabalhadora

Desde o início da pandemia do novo coronavírus o papel negacionista exercido pelo presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) apenas comprovou que seu governo tem como objetivo destruir parte da classe trabalhadora, já jogada na miséria pela crise econômica, anterior à pandemia. As denúncias sobre o descaso no combate à pandemia deram projeção negativa internacional ao governo brasileiro. Somos o terceiro país em número de mortes, o segundo na relação óbitos por milhão de habitantes, e a situação neste início de 2021 está se agravando 

O resultado da necropolítica do governo é um número alarmante de vidas ceifadas pela doença que poderiam ter sido salvas com políticas efetivas de saúde pública, isolamento social e investimento no sistema público de saúde. As mortes são a consequência mais desumana da omissão proposital do governo no combate à pandemia. Recentemente, um estudo científico comprovou que a atuação do governo é responsável pela situação de descontrole da pandemia no país. O relatório ‘Direitos na Pandemia Mapeamento e Análise das Normas Jurídicas de Resposta à Covid-19 no Brasil’, aponta que Bolsonaro agiu contra a saúde pública por meio de normas, atos de restrição da capacidade de resposta de estados e municípios à pandemia, além de ter sido um dos primeiros portadores do vírus, após viajem aos EUA em meio à pandemia. O estudo foi coordenado pelo Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário (CEPEDISA) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) e a entidade Conectas Direitos Humanos.

Ao analisar as ações do governo Bolsonaro desde o início da pandemia, os pesquisadores realizaram estudos sobre as portarias, medidas provisórias, resoluções, instruções normativas, leis, decisões e decretos emitidos pelo governo, além das falas públicas do próprio presidente. Os dados resultaram em um mapa que fez do Brasil um dos países mais afetados pela Covid-19 e, ao contrário de outras nações do mundo, ainda sem uma campanha de vacinação com cronograma confiável.

De acordo com a jornalista Eliane Brum, no jornal El País, o governo promoveu um verdadeiro massacre, especialmente da parte da população com menos recursos. “Além dos povos indígenas, a quem Bolsonaro nega até mesmo água potável, há uma série de medidas tomadas para impedir que os trabalhadores possam se proteger da covid-19 e fazer isolamento”, observa a jornalista. 

Estes dados, que subsidiaram um dos pedidos de impeachment apresentado pela oposição na Câmara dos Deputados demostram mais um dos crimes do governo frente à população. O ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que vivemos um desastre sanitário com o presidente contribuindo para a propagação do coronavírus, o que demonstra crime doloso, justificando, assim, mais um pedido de impeachment contra Bolsonaro.

O que se assiste cotidianamente é a afirmação da necropolítica, agora com a ausência de um plano efetivo de vacinação. Enquanto isso as mortes aumentam significativamente e o Brasil apresenta a pior crise sanitária do mundo.

Para assegurar o enfrentamento à crise sanitária que vivemos é necessário lutar pela derrubada desse governo de extrema direita cujo objetivo é, jogar a maioria dos trabalhadores brasileiros na miséria. A morte de parte da população, principalmente dos mais velhos, é conveniente neste cenário de destruição do emprego e da economia nacional. Bolsonaro entra para a história como um genocida, com sua política de empobrecimento da classe trabalhadora, em aliança aos interesses dos grandes capitalistas. Somente a luta dos trabalhadores, com unidade das forças de esquerda e de todas as categorias pode barrar essa projeto de destruição.

FORA BOLSONARO E TODO SEU GOVERNO. POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES DO CAMPO E DA CIDADE


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