• Entrar
logo

Volta às Aulas: nada de vacina e muita pressão para abertura das Escolas

A luta dos trabalhadores da Educação Básica e Superior entra em mais uma etapa dramática. Durante toda pandemia do novo coronavírus, os profissionais da educação precisaram se reinventar para assegurar que as atividades da educação não fossem paralisadas. Criou-se uma pressão para que as escolas funcionassem de forma remota, sem levar em conta a falta de condições materiais de professores e estudantes, a ausência de apoio dos gestores e  de formação dos profissionais para o trabalho virtual. A pressão do capital no sentido de introduzir plataformas e aplicativos para beneficiar empresas privadas com uma falsa ideia de inclusão, gerou ainda mais desigualdades na educação.

Com a chegada da vacina, ainda insuficiente e à conta gotas, por culpa da política genocida  do governo Bolsonaro, o debate volta à tônica e, desta vez, aumenta a pressão para que as escolas sejam reabertas e  as aulas voltem de forma presencial, mesmo sem as mínimas condições de segurança sanitária. Um ato criminoso, uma vez que a falta de imunização da população vai fazer do espaço escolar lugar propício para disseminação do vírus, não só colocando  a comunidade escolar em risco de morte, mas podendo levar ao colapso hospitalar em muitas regiões.

Em vários estados brasileiros a exemplo do Paraná, São Paulo e Distrito Federal, escolas particulares retomaram suas atividades de forma presencial.  Os Sindicatos que representam profissionais de escolas privadas, em sua maioria são burocratizados e atrelados aos interesses dos patrões. O máximo que tentam fazer para defender seus filiados é acionar a Justiça, geralmente sem sucesso, uma vez que a justiça burguesa age politicamente e, sob pressão do capital para uma criar uma falsa normalidade de modo a garantir os seus lucros, ela não tem nenhum pudor em colocar a vida das pessoas em risco.
A pressão que o retorno das aulas na rede particular de ensino exerce sobre as escolas públicas é imediata. Professores dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo e da rede municipal da capital paulista foram obrigados a declarar Greve Sanitária em defesa da vida, pois os governantes jogaram para as escolas, insalubres, o papel de criar as condições de segurança, quando, na verdade, a única  forma de garantir a segurança na reabertura das escolas é com a vacinação e imunização em massa da população. A falsa ideia de que a prevenção à  contaminação é papel do indivíduo, abandonado em relação aos seus direitos básicos como o atendimento à saúde, à informação e até à alimentação, evidencia  a crueldade do  capitalismo. Não há nada de humanitário em um sistema que  tem como meta garantir os lucros do capital. Não importa quantas vidas custarão, desde que os lucros estejam garantidos.

Na Educação Superior não é diferente. O Ministério da Educação (MEC) tem exercido pressão juntos às Instituições de Ensino Superior para que as aulas voltem de forma presencial. Inicialmente, foi previsto o  retorno presencial das aulas para 04 de janeiro de 2021, depois para 01 de março, obrigando a categoria de professores apontarem a necessidade de Greve Sanitária.

O que estamos assistindo com o debate da volta às aulas é apenas mais um capítulo da  ausência  de políticas sérias para o controle da pandemia no País.  Culpam-se professores e escolas, com o intuito de desqualificar a educação pública e  apontar saídas “salvadoras” com a privatização. Os trabalhadores da educação, seja Básica ou Superior, assim como estudantes e pais, não têm sido ouvidos sobre as políticas de reabertura escolar em momento de agravamento da pandemia. Assim como não foram ouvidos na implantação desajustada do ensino remoto, que provocou evasão escolar em massa.  Em um ano de escolas fechadas, o lucro das empresas de tecnologia que fizeram parcerias com os governos foi exorbitante, enquanto milhões de estudantes permaneceram sem merenda, sem o apoio social das escolas, sem auxílio para o acompanhamento remoto das aulas. Sequer mínimas reformas na infraestrutura precária das escolas foram feitas.

O  governo Bolsonaro nada faz para assegurar de fato as condições de vacinação e imunização da população. Um crime contra o povo brasileiro. Organizar os trabalhadores para lutar contra esse governo genocida é necessário e urgente. Organizar a categoria  docente para uma Greve Geral da Educação em defesa da Vida e pelo direito a Vacina Universal e Gratuita.

FORA BOLSONARO E TODO SEU GOVERNO: POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES DO CAMPO E DA CIDADE.
PELO DIREITO À VACINA UNIVERSAL E GRATUÍTA.


Topo