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Efeitos da Reforma da Previdência de 2019 ameaça os servidores municipais de Assis

Está para entrar na pauta de discussões da Câmara Municipal de Assis, uma proposta, encaminhada pela Prefeitura em novembro do ano passado, cujo objetivo é elevar as alíquotas de contribuição previdenciária que, de acordo com a nova lei, não devem ser inferiores às aplicadas aos servidores da União. Desta forma, as alíquotas das contribuições mensais dos servidores passariam dos atuais 11%, para 14% sobre a remuneração dos servidores, o que representará uma redução salarial em momento de crise aguda que afeta todos os trabalhadores.

Como já ocorreu na maioria dos estados e muitos municípios do país, trata-se de uma adequação à Reforma da Previdência, proposta pelo Governo Bolsonaro e aprovada no Congresso Nacional em 2019. A nova lei determina que Estados e Municípios adequem as alíquotas de contribuição devidas aos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS), ou seja, aumentem os descontos nos já defasados salários dos servidores. Somente assim, o município terá a emissão do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP).

A partir da aprovação da Reforma da Previdência, Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019, estados e municípios receberam prazo de 7 meses para se adequar as novas regras. No entanto, em virtude da pandemia da Covid-19, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho prorrogou esses prazos. Além dessa medida, a Portaria nº 18.084, publicada em julho de 2020, no Diário Oficial da União, também estendeu, por um ano, o prazo para que os entes apresentem o Demonstrativo de Viabilidade do Plano de Custeio e o Relatório de Análise das Hipóteses, documentos que fazem parte da avaliação atuarial. 

Os servidores de Assis devem ficar atentos à todas as manobras para se forçar essa adequação à lei no município. As alíquotas podem se manter como estão caso seja demonstrado, e comprovado, que o regime próprio de previdência social do município não possui déficit atuarial a ser equacionado. Déficit atuarial é a projeção de que vai faltar dinheiro para bancar aposentadorias e pensões no futuro. Isso dará tempo para que os trabalhadores se organizem e não permitam mais esse ataque.

Atacar e empobrecer ainda mais os servidores públicos, que estão na linha de frente do atendimento à população, é parte dos planos neoliberais de todos os governantes brasileiros de destruir os serviços públicos em favor das privatizações, que só beneficiam empresários bilionários e castigam a classe trabalhadora. Os servidores de Assis, assim como toda a população, devem se organizar para lutar contra a destruição dos serviços públicos, um direito de todos.
 

Foto: Portal da Prefeitura Municipal de Assis


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