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Não à privatização da Eletrobrás

No fim de fevereiro, o governo de Jair Bolsonaro enviou uma Medida Provisória ao Congresso Nacional para permitir a desestatização da empresa de geração de energia, a Eletrobras. Com a medida, a União perderá o controle da empresa, que passará a investidores privados. A imprensa noticiou com entusiasmo a estimativa do Ministério da Economia de que as vendas de ações da Eletrobras poderão render até R$ 100 bilhões até o fim de 2022.

O que os defensores da privatização escondem é que de acordo com estimativas iniciais da Aneel, haverá um aumento de até 16% nas tarifas para o consumidor final. Parte da burguesia nacional também se mostra preocupada com a medida, uma vez que, segundo estudo realizado pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a liberalização dos preços das usinas da Eletrobras irá gerar um custo adicional para o consumidor de até R$ 460 bilhões no longo prazo encarecendo os custos do setor produtivo. Isso vai gerar um aumento exponencial das tarifas nas contas de energia para a população brasileira, além do aumento dos preços dos bens de consumo. Além disso, a piora dos serviços prestados gerará ainda mais apagões, como os que aconteceram no Estado do Amapá, prejudicando, principalmente, o povo pobre.

A Eletrobras opera 48 usinas hidrelétricas (cerca de metade dos reservatórios do país), 12 usinas térmicas, 2 termonucleares, 62 usinas eólicas, e 1 usina solar. A estatal também opera metade das linhas de transmissão – são 71 mil quilômetros, o equivalente a uma volta e meia no planeta terra.

Só os capitalistas estrangeiros que comprarem a empresa serão beneficiados. É para eles que Bolsonaro governa.

Foto: Pilar Olivares/Reuters


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