As propostas de reajustes dos Acordos Coletivos, 2020/2021 e 2021/2022, implicam em perdas e as empresas buscam alterar cláusulas e criar diferenciação em benefícios para contratados atuais e novos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que reajusta os salários, nos últimos doze meses, chegou em 7,59% e a corrosão do poder de compra dos salários é indiscutível.
Apesar de ter perdido força, no acumulado em 12 meses o IPCA de abril de 2021 subiu para 6,76%, nível mais alto em quase quatro anos e meio. Em 12 meses, gasolina e etanol aumentaram 35,57% e 37,61%, respectivamente; as carnes 35% e medicamentos, dependendo da classe terapêutica, até 10,08%.
Em sentido oposto, as empresas aumentaram seu lucro, sua produtividade e grandes demandas de serviços estão sendo entregues à sociedade brasileira. O Governo Digital, com a entrega 4,3 mil serviços públicos a 100 milhões de brasileiros e o auxílio emergencial que atendeu em 2020 a 68,2 milhões de brasileiros são demonstração de que os trabalhadores nunca trabalharam tanto.
Está tudo muito ruim, porém nem tão ruim que não possa ficar pior. É fundamental termos consciência deste nível de exploração e nos organizarmos para lutar contra esta opressão capitalista que tem na pandemia seu aliado.
