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Correios: o péssimo exemplo da privatização argentina

A luta judicial contra a empresa privada que administrou os serviços postais da Argentina por alguns anos, o Correo Argentino SA, ainda não teve desfecho, mas mostra aos brasileiros as consequências de se entregar uma empresa estatal lucrativa e de importante função social nas mãos de empresários, cujo único objetivo é o lucro individual. 

Em 1997, como parte do plano de privatizações do governo de Carlos Menem, a exploração da rede postal argentina foi entregue à empresa Socma, da família do ex-presidente Macri, em troca do pagamento de royalties semestrais ao Estado. No entanto, até 2001, quatro anos a privatização, a Socma havia pago apenas o que estava previsto no primeiro ano da concessão, o que resultou em um rombo de US$ 300 milhões aos cofres públicos, cerca de R$ 1,5 trilhão. Assim, em 2003, o governo de Néstor Kirchner reestatizou o serviço. De lá pra cá, a Socma briga na Justiça contra o processo de falência, decretada neste mês de julho. 

Para os trabalhadores, a consequência da venda foi nefasta. Ao receber a concessão dos correios, o Grupo Macri começou um processo de enxugamento, fechando 100 sucursais em todo o País e cortando o número de funcionários quase pela metade. Isso sem falar no enriquecimento ilícito da família Macri que, com os correios, retiraram 4.800 milhões de dólares da Argentina. 

A venda das estatais não tem outro objetivo a não ser o de favorecer grandes grupos empresariais em detrimento dos serviços oferecidos ao povo.

Diga não à privatização dos Correios!
 


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