No início de dezembro, 80 pesquisadores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) pediram desligamento de suas funções. Ligado ao Ministério da Educação (MEC), o órgão é responsável por avaliar os programas de pós-graduação de mestrado e doutorado do país, autorizando ou não o seu funcionamento.
Os demissionários alegam que a atual presidência da Capes não tem se dedicado à defesa das avaliações, que estão suspensas por uma decisão judicial desde setembro. O trabalho desses coordenadores e consultores na Capes é voluntário. São professores ligados a alguma instituição de ensino e que cumprem à parte funções na entidade.
O objetivo do governo é favorecer a abertura de novos cursos privados, sem os entraves das avaliações da Capes. Trata-se de mais um episódio de destruição da Educação Superior Pública e da produção científica nacional, em favor dos interesses dos grupos privados que comercializam a Educação.
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