Os educadores mineiros estão em greve desde o último dia 9 de março, em luta para que o governador do estado, Romeu Zema (NOVO), pague o Piso Nacional da Educação, com os respectivos reajustes, conforme determina também a legislação estadual. É alta a adesão da categoria, uma vez que o que está em jogo é, “simplesmente”, que o governador cumpra a Lei e pague o que deve as (aos) trabalhadoras (es) da educação. Hoje, os professores recebem metade do valor do piso, enquanto os auxiliares de serviços de educação básica recebem abaixo do salário-mínimo.
As atividades da greve seguem intensas. Na assembleia do último dia 16 de março, com milhares de trabalhadores, foi realizado um balanço do movimento paredista e deliberada a continuidade do movimento. Também foi aprovado um calendário de mobilizações, incluindo um ato na Cidade Administrativa em defesa do Piso Salarial, realizado no dia 17 de março.
Já no dia 21 de março, o sindicato da categoria, Sind-UTE/MG, participou de uma audiência de conciliação, realizada no Tribunal de Justiça, em torno da ação movida pelo governo do estado contra a categoria. O governo Zema manteve sua intransigência em não conversar com a categoria e afirmou que não levaria nenhuma proposta para avaliação.
Nesta terça-feira, dia 22 de março, a representação dos trabalhadores participou de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), requerida pela deputada estadual, Beatriz Cerqueira, presidenta da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, que debateu o Piso Salarial Profissional Nacional. Foi apresentada emenda à proposta de reajuste salarial do governo, de maneira a se chegar ao piso nacional da educação, além de outros reajustes. Também foi proposta a anistia da greve.
O próximo passo do movimento dos trabalhadores da educação em Minas Gerais é a realização de nova Assembleia Estadual de Greve, no dia 23 de março, no pátio da Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte. Trabalhadores em educação, é extremamente importante a sua participação na assembleia! Somente a luta da categoria unida poderá pressionar o governo do estado a cumprir a lei e pagar o mínimo que ela determina.
Todo apoio à greve da educação mineira!
Zema, pague o reajuste do piso salarial da educação!