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FRAGMENTOS DO SUCATEAMENTO DOS CORREIOS

O Brasil vive uma conjuntura que vai de mal a pior, sob um desgoverno que ataca os direitos dos trabalhadores. O País está afundado na fome, miséria e inflação que corrói o poder de compra das famílias trabalhadoras. O índice de desemprego é altíssimo, aumentando o número de moradores de rua nas grandes, médias e pequenas cidades. Como resultado dessa política nefasta, o Brasil voltou para o mapa da fome.

Neste contexto também está a destruição das empresas públicas que prestam serviços fundamentais à população. No caso dos Correios, o sucateamento ocorre na ausência de concurso público desde 2011, e por este motivo, o quadro de funcionários está diminuindo, seja através de PDI’s (Programa de Demissão Incentivada), pedidos de demissão ou desligamento de quem se aposenta – reflexo do envelhecimento dos empregados que estão há décadas na Empresa, adoecidos pelo trabalho extenuante. O serviço, que na data do último concurso público era feito por três ou quatro empregados, agora é executado por apenas um, que fica completamente sobrecarregado e propenso a desenvolver doenças ocupacionais de cunho ortopédicos, devido ao excesso de trabalho, ou doenças psicossomáticas, adquiridas devido à pressão laboral exercida pelos gestores das unidades para que os empregados “deem conta” da demanda.

Os trabalhadores que restam, tanto nas áreas operacionais, quanto nas áreas administrativas, estão em um ritmo incessante de trabalho. O volume de correspondências e de receitas aumenta dia a dia, elevando os lucros da Empresa, às custas das condições de vida e de trabalho dos funcionários. Os Correios possuem um papel social por, entre outras coisas, ter o monopólio de entrega de cartas à população brasileira, mas, por orientação da atual direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), esse papel está ficando de lado para que seja priorizada a entrega de encomendas. Para abrir caminhos para a privatização, a atual direção da ECT prioriza o lucro, deixando o papel social de lado, sobrecarregando os funcionários que restam na Empresa. Não fazem sequer um concurso público para reposição de quadro.

Como o número de carteiros está insuficiente,  e a carga de serviço aumenta exponencialmente, não se justifica o “varejismo” desvairado da Empresa em pegar panfletos de mala direta, competindo com os “flanelinhas” e deixando de lado, às vezes até o vencimento, os boletos da população, que está cada vez mais indignada com os serviços oferecidos e, assim, acaba apoiando o discurso que defende a privatização.

A população não sabe que a culpa dos atrasos de suas correspondências simples é uma política deliberada, visando a privatização, o que gera a revolta dos usuários. Neste contexto, quem acaba sendo ofendido moralmente e com ameaças de agressão física é o carteiro, vítima do descaso da Empresa com os objetos simples. 

Embora não seja feita para dar lucro, a direção da ECT está sempre à procura de lucro para garantir a privatização da Estatal, que é o maior operador logístico da América Latina. Para se ter uma ideia, com a defasagem de efetivo próprio, devido ao adoecimento de funcionários e desligamentos por aposentadoria ou PDI’s, é comum o carteiro sair de férias ou se ausentar por questões de saúde e o distrito ficar parado. Sem contar que, com a política do “lado A e B”, quando o carteiro entrega no dia 1ª no chamado lado A e no dia 2º no chamado lado B, tendo distritos com longos percursos, fica impossível levar os objetos simples e registrados a todos os lugares.

Diante disso, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais (SINTECT-MG) vem denunciando esse descaso da ECT e do Governo Federal quanto ao seu papel social diante da população e contra os assédios empresariais que ocorrem diariamente nos setores de trabalho, ocasionando sobrecarga e adoecimentos aos trabalhadores. O SINTECT-MG vai continuar vistoriando e denunciando aos órgãos competentes todos os casos de assédio, sobrecarga de trabalho e descaso com a obrigação social da ECT, devendo ainda ser denunciado todo caso de perseguição nas unidades de trabalho. O Sindicato continuará  atuando em prol da defesa dos trabalhadores e da população.

NÃO AO VAREJISMO DESENFREADO DA ECT!

CONTRATAÇÃO POR CONCURSO PÚBLICO!

ENTREGAS DE CORRESPONDÊNCIAS É UM DEVER DOS CORREIOS E DIREITO DO POVO!

NÃO À PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS!
 


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