• Entrar
logo

APUBH de volta à luta

Com o compromisso de lutar contra a iminência da destruição da Universidade pública, gratuita, inclusiva, socialmente referenciada e de qualidade; contra o congelamento do Orçamento Federal por 20 anos; contra a Reforma Trabalhista, da Previdência e contra o fim da gratuidade, a CHAPA 2 “PARTICIPA APUBH - dialogar, criar e resistir” foi eleita para a direção do Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBH), no biênio 2018-2020.

A eleição das Diretorias Executiva, Setorial, Conselhos Fiscal e de Representantes da APUBH ocorreram entre os dias 15 e 16 de maio. Ao todo, 1224 professores participaram do pleito que escolheu a nova diretoria executiva. A chapa de oposição foi eleita com 55,39% dos votos (678 votos), contra 41,58% (509 votos) obtidos pela atual gestão. Nulos e brancos somaram 37 votos.

A perspectiva desta eleição é de retomar a APUBH para a luta como um sindicato ativo, mobilizador e vinculado às lutas locais, regionais e nacionais. Não por acaso, a Chapa “PARTICIPA APUBH - dialogar, criar e resistir” foi construída a partir da experiência de mobilização criativa e da resistência democrática na UFMG – foi gerada no interior do “Movimento Professorxs da UFMG em Luta: agir e construir”, que tem atuado, especialmente a partir do Golpe Jurídico-Parlamentar de 2016, diante dos sucessivos ataques à universidade pública.

Em sua primeira declaração como a nova presidenta eleita para a direção da APUBH, a professora Stella Goulart reafirmou o compromisso de abrir o dialogo: “queremos uma APUBH que dialogue, de portas abertas não apenas para o professor, mas para a sociedade. Já tivemos muitas dificuldades nesses últimos anos para entrar aqui e usar esse espaço. Esse tem que ser um espaço (o sindicato) utilizado plenamente, coletivamente”. A nova presidenta também falou da importância de lutar, “resistir ao golpe, aos ataques contra a nossa dignidade, contra os nossos direitos trabalhistas, contra aos direitos humanos. Conseguimos, com essa eleição, recuperar a APUBH para o sindicalismo. O Sindicato volta a ser um espaço do trabalhador, de luta, um espaço real, conectado com a vida. Então, a comemoração é muito intensa”. 


Em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade


Sobre a luta em defesa da universidade pública, Stella Goulart garantiu que nesta direção “seremos guerreiros e guerreiras da universidade pública, gratuita e inclusiva. Esse é um patrimônio brasileiro, essa é uma história ‘nossa’ e vamos defender esse nosso lugar. Porque não se trata de defender apenas as instituições públicas e o direito à educação, à saúde e às políticas sociais, mas se trata de defender o nosso espaço de trabalho, a dignidade do professor da UFMG e estamos com o ‘pique’ todo, com o maior gás e muito felizes. Nossa campanha foi limpa, honesta e digna”.

Já a professora Maria Rosaria Barbato (Marisa), que compõe a dupla de vice-presidentes eleita neste pleito, juntamente com o professor Helder de Figueirêdo e Paula, falou da necessidade para todos os professores e trabalhadores de ter um sindicato combativo, democrático, participativo, criativo. “Tentamos inúmeras vezes instigar isso no nosso sindicato, mas as portas foram sempre fechadas para a categoria. Foi por isso que esse grupo resolveu fazer uma construção coletiva. Nos juntamos em vários momentos da história deste País, fizemos história. Construímos, por exemplo, a greve de 2016, na UFMG, fomos à Brasília envolvendo a comunidade da UFMG inteira. Esse é um grupo combativo, que luta pela melhoria das condições de trabalho dos professores e por direitos em geral. É um grupo que pretende reaproximar a APUBH da sua própria base, enfrentar e repudiar todas as formas de discriminação, (como racismo, sexismo, homofobia, xenofobia) e de assédio moral. Estamos prontos à resistência num momento de grandes ataques aos direitos dos professores, bem como de todos os trabalhadores. Precisamos estar atentos, buscar unificar a categoria, solidarizar com a luta de outros movimentos. Hoje é realmente um momento indescritível”. Marisa reafirmou a promessa de uma APUBH “verdadeiramente aberta a toda a comunidade acadêmica, uma APUBH empática, receptiva, e sensível aos anseios da categoria e da sociedade. Uma APUBH que agrega na perspectiva de uma solidariedade geral num momento que exige união para sairmos vitoriosos nas lutas que virão”.



Topo