• Entrar
logo

Não vote em quem quer privatizar estatais e retirar direitos trabalhistas!

Com a proximidade das eleições, o aprofundamento da crise política fica cada vez mais evidente. O processo vem se afunilando e a polarização entre a “civilização” e  a “barbárie” é uma evidência desse processo. Diversos candidatos da direita já se colocaram abertamente a favor da privatização das estatais, como Correios, Petrobras, Eletrobrás, Infraero, setor da Tecnologia da Informação etc., além da Reforma Trabalhista e do fim da aposentadoria. Ou seja, já deixaram claro seus planos nefastos contra a classe operária.

Exemplo dessa política foi a fala do candidato defensor dos militares, Jair Bolsonaro (PSL), que em entrevista disse que o certo seria extinguir os Correios. Henrique Meireles (MDB), João Amoedo (Novo), Geraldo Alckmin (PSDB) e demais direitistas também se manifestaram a favor dessa agenda entreguista. Tanto a política de extinguir os Correios, quanto a de privatizar, é uma declaração de guerra contra os mais de 100 mil trabalhadores que alimentam suas famílias com o salário baixíssimo e suado ganho na Estatal. 

Não podemos nos enganar e nem nos furtar deste debate, pois o projeto da direita irá afetar diretamente as nossas bandeiras econômicas, o nosso dia a dia. Pior: ameaça diretamente os nossos empregos e o sustento das nossas famílias. Já são 14 milhões de desempregados desde o golpe de 2016, isso sem falar na entrega da soberania nacional, privatizações das estatais, redução de direitos trabalhistas, demissão em massa etc.

Os mecanismos para controlar ainda mais essas eleições e retirar da população o direito a conhecer os candidatos que não são os escolhidos pela imprensa corporativa e pelo judiciário foram gestados ao longo do período em que se articulava o golpe que derrubou a presidenta eleita com 54 milhões de votos. As grandes potências econômicas mundiais querem fazer do Brasil e da América Latina suas “dóceis” colônias. Não por acaso, os militares aumentaram em 20% sua participação na disputa eleitoral deste ano.

É preciso que os candidatos do PT e de toda a esquerda utilizem as eleições como tribuna para denunciar essa fraude e fazer evoluir nos trabalhadores a consciência da necessidade da organização da luta verdadeira, nas ruas. Cabe aos agrupamentos revolucionários a tarefa de participar do processo eleitoral como o setor mais consciente em relação ao desenvolvimento da situação política, inclusive denunciando a fraude que é a democracia burguesa.

A população brasileira está atenta às eleições e as organizações classistas não podem perder a chance de promover o debate sobre os limites dessas eleições. Elas são marcadas, entre outras coisas, pelo processo fraudulento que retira da campanha o candidato que tem o apoio popular, como é o caso do ex-presidente Lula, preso político mais importante da história do Brasil, para favorecer os que são rejeitados pelo povo.

Diante das eleições que se aproximam e em meio ao golpe em curso sofrido pelo último governo, externamos aqui nossa preocupação com o aumento do fascismo no País, desemprego e privatizações. Alertamos os trabalhadores para que não caiam no “conto do vigário” sobre um possível “milagre” anunciado pelos políticos da direita, inclusive os que defendem a Ditadura Militar. Os trabalhadores devem apoiar e votar nos candidatos que representam as posições mais progressistas da esquerda, a exemplo da candidata a deputada estadual, Beatriz Cerqueira (13.123), e do candidato a deputado federal, Rogério Correia (1313), ambos do PT de Minas Gerais. A luta agora é pela sobrevivência do que ainda resta de direitos que ainda não foram retirados. Consideramos que as eleições não são um fim em si mesmo. Mas entendemos também que não há como ficar de fora e deixar os partidos de direita e até fascistas atuarem sozinhos no parlamento. Trabalhador não vota em fascista, não vota em privatistas e nem em empresário que quer retirar ainda mais direitos da classe trabalhadora.

Não à privatização das estatais!


Topo