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Educação e Cidadania são ministérios mais atingidos com novo corte de verbas

No dia 22 de julho, o governo de Jair Bolsonaro anunciou um novo contingenciamento de verbas de 1,443 bilhões de reais no orçamento. Na época, o presidente entreguista afirmou que a medida deveria atingir apenas uma pasta, para “matar um ministério só”, dizendo ainda que o valor do contingenciamento era uma “merreca”.

Porém, o bloqueio atingiu pelo menos oito pastas. O mais atingido, Cidadania, teve um bloqueio de R$ 619,2 milhões. Seguido pela Educação, com R$ 348,5 milhões bloqueados. Em terceiro, fica o Ministério da Economia, com R$ 286,6 milhões retidos. Ainda tiveram valores bloqueados os ministérios do Turismo (R$ 100 milhões); Ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (R$ 59,8 milhões); da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (R$ 54,7 milhões); das Relações Exteriores (R$ 32,9 milhões) e do Meio Ambiente (R$ 10,2 milhões). O bloqueio e a distribuição dos cortes constam em decreto publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União na noite do dia 30 de julho.

O governo tenta, de todas as formas, mostrar para os empresários internacionais que está comprometido com sua agenda, entregando os recursos naturais do país nas mãos dos imperialistas, retirando direitos trabalhistas e enxertando dinheiro para pagar uma dívida pública que serve apenas aos grandes oligopólios bancários. O bloqueio acontece em um momento em que os ataques contra a educação pública já são a regra, e os movimentos estudantis e sociais tomam protagonismo no cenário político brasileiro. Não obstante, foram as pastas de Cidadania e Educação que mais tiveram verbas retidas pelo governo.

Mais manifestações estão marcadas para o dia 13 de maio, após o anuncio do MEC do projeto “Future-se” que prevê a possibilidade de parcerias público-privadas no ensino superior. O projeto não passa de mais uma estratégia do governo Bolsonaro para reduzir a presença do Estado na garantia dos direitos sociais, como o direito à educação, enquanto joga as verbas públicas nos cofres de empresas privadas e abre as portas para que os grandes monopólios da educação cresçam ainda mais em seu objetivo final, que é ter o máximo de lucro a partir da transformação da educação em mercadoria.


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