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UFC: estudantes protestam contra reitor nomeado por Bolsonaro

A política de censura, repressão e controle da educação está a todo o vapor. No último dia 23 de agosto, a Universidade Federal do Ceará (UFC) foi palco de grandes manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro, que impôs a nomeação do professor José Cândido Albuquerque para o cargo de reitor da instituição. O novo reitor foi o terceiro colocado em uma consulta pública realizada com estudantes e professores da UFC. O mais votado, o então vice-reitor da UFC, Custódio Luís Silva de Almeida, recebeu 7.772 votos na consulta, enquanto Cândido recebeu apenas 610 votos. O segundo colocado, Antônio Gomes de Souza Filho, chegou a receber 3.499 votos.

Tal atitude revoltou a comunidade acadêmica, que “inundou” as redes sociais com declarações afirmando que não reconhecia o novo reitor, por não o eleger, e que, numa sociedade democrática, é inaceitável que a comunidade não possa escolher o próprio reitor. Na terça-feira, dia 20 agosto, os estudantes fecharam um cruzamento no Bairro Benfica contra a nomeação do reitor. Na sexta-feira, 23 de agosto, um grupo de estudantes fechou cinco acessos ao prédio da Reitoria da Universidade Federal do Ceará com correntes e cadeados. Com palavras de ordem como "fora interventor, não elegemos, não reconhecemos!", os estudantes chegaram ao prédio da Reitoria as 7h, com cartazes e instrumentos musicais.

Além de bloquear o aceso ao prédio, os protestantes saíram em passeata para o cruzamento das avenidas da Universidade e 13 de Maio, no Benfica, onde fica localizada a Reitoria da UFC. A ação dos estudantes da UFC é mais uma demonstração da predisposição à luta, por parte do movimento estudantil. Os três “tsunamis” da educação, realizados nos dias 15 e 30 de maio e 13 de agosto, manifestações em escala nacional, com milhões de pessoas protestando em todo o País em defesa da educação pública, foram mostras do que está por vir. É papel dos movimentos dos trabalhadores, sindicais e sociais apoiarem a luta estudantil, em uma verdadeira greve nacional, por tempo indeterminado, para que barrar os ataques.


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