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Contra o golpe e em solidariedade a Evo Morales

No último dia 10 de novembro, as forças reacionárias deram um golpe de Estado na Bolívia. Após intensa pressão desses setores, como o Exército, controlado por Williams Kaliman, e do fundamentalista religioso neopentecostal, Luís Fernando Camacho, o presidente democraticamente eleito, Evo Morales, foi forçado a renunciar ao cargo. Com a vida em risco (a casa de parentes foi queimada, uma prefeita da base aliada foi arrastada pelas ruas e teve seus cabelos cortados, diversos casos de tortura, violência etc.), Evo conseguiu asilo político no México, no último dia 12 de novembro.

O golpe contra Morales faz parte da política que o imperialismo estadunidense vem adotando na América Latina para acabar com os governos de “frente popular” e colocar o continente cada vez mais sob o seu controle. “Curiosamente”, o golpe na Bolívia ocorre logo após ao ascenso das massas no Equador e no Chile, ocorridos nos meses de outubro e novembro deste ano, contra os ataques de governos fantoches colocados para fazer valer os interesses imperialistas nestes países. Ocorre também após a eleição da coalizão de Alberto Fernández e Cristina Kirchner, na Argentina e  da soltura de Lula de sua prisão política, no caso brasileiro. Além disso, tivemos o fechamento do Congresso peruano, após embates entre fujimoristas de extrema-direita, pró-imperialistas, e aliados do atual presidente Martín Vizacarra, de centro-direita que, por pressão da população nas ruas, foram obrigados a se posicionar contra o imperialismo.

Na atual correlação de forças da luta de classes na América Latina, o golpe na Bolívia é uma tentativa do imperialismo de causar um impacto de reacionarismo no continente.

Nós, da Luta pelo Socialismo, apesar das divergências com a política de conciliação de classe adotada por Evo, prestamos nossa solidariedade e total apoio à Evo Morales e ao povo boliviano. As notícias apontam que boa parte da população se portou ao lado do presidente legalmente eleito e que há grandes perspectivas de ações diretas das massas bolivarianas contra o golpe de Estado em curso. Somente a luta do povo boliviano, em favor de sua própria soberania, será capaz de impedir a ditadura, censura e derramamento de sangue promovido pela direita.

Contra a ação direta da burguesia, é preciso organizar a luta direta das massas por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo.


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