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Negritude: coletivo de negros da LPS

O “Negritude” é o coletivo de Negros da Luta pelo Socialismo, organização política que luta pela emancipação da classe trabalhadora. O nome do coletivo é inspirado no movimento Négritude, uma corrente literária e política que teve como premissa a valorização das culturas negras em países africanos ou com populações afrodescendentes. Dentre os nomes que tiveram mais destaque no movimento estavam o afro-americano, Aimé Cesaire, e o senegalês, líder da independência de seu país, Léopold Sédar Senghor.

 

Questão negra e a luta de classes

 

A questão negra está intrinsicamente ligada à luta contra os abusos do sistema capitalista. Afinal, quem sempre esteve na ponta oposta do capitalismo global? Os mesmos que foram escravizados e marginalizados: o povo negro.

No Brasil, as fontes oficiais estimam que o País foi o maior receptáculo de escravizados do mundo. A abolição da escravidão, em 1888, que ocorreu por uma série de lutas de resistência do povo negro, não trouxe medidas que levassem à inserção do negro na sociedade brasileira.

Hoje, os negros são 54% da população do País. De acordo com o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre minorias realizado em 2016, 70,8% dos 16,2 milhões de brasileiros vivendo na situação de extrema pobreza são negros. Já o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostrou que no último ano foram assassinados 62.517 jovens com idade entre 15 e 29 anos e que, destes, 77% são negros. Outro dado assustador mostra que 75% da população carcerária do Brasil é composta por negros.

Longe de acabar com a opressão do povo negro, o que a sociedade capitalista prega é a propagação de um racismo estrutural para todos os ramos da sociedade. Assim, nós, do Coletivo Negritude, buscamos a fomentação de um movimento que fortaleça as pautas do povo negro, reafirmando a importância da construção da sua identidade, valorização de suas raízes e sua resistência histórica, mas compreendendo que o que move a base da lógica racista é a mesma que move a base do capitalismo: a opressão do homem pelo homem. Sem a tomada do poder pela classe trabalhadora em todas as instâncias da macroestrutura, o “empoderamento” se torna impossível. A libertação negra parte, necessariamente, da libertação das amarras do capitalismo.

Abaixo o capitalismo, abaixo o racismo!

Viva a cultura africana e afrodescendente!

Viva a revolução negra e proletária!

 


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