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Nota de repúdio ao desvio de conduta e descumprimento das deliberações dos fóruns da Fentect por parte de diretores desta Federação

Confira a nota de repúdio dos diretores da FENTECT ao desvio de conduta e descumprimento das deliberações dos fóruns da Fentect por parte de diretores desta Federação.

À FENTECT

Nós, membros da diretoria executiva da FENTECT, militantes da Luta Pelo Socialismo – LPS, vimos, através desta, repudiar veementemente a conduta negligente e descomprometida de levar adiante as resoluções dos fóruns da Fentect por parte de membros da diretoria, dos setores majoritários da Federação, que se submeteram a alterar o calendário de lutas da FENTECT em reuniões informais com membros da “Findect”.

Depois de realizado um CONSIN, onde se avaliou a importância de organizar a luta contra o aumento abusivo da mensalidade do plano de saúde, e após reunião da diretoria colegiada ampliada da FENTECT, que deliberou por maioria dos presentes um plano de lutas com uma proposta de assembleias da categoria até o dia 11/02, com indicativo de greve por tempo indeterminado para o dia 12/02 em toda base territorial da FENTECT, tal resolução não foi levada adiante por diversos membros desta Federação e dirigentes sindicais. Não bastasse isto, a maioria da diretoria executiva da FENTECT realizou uma reunião com alguns membros da FINDECT (que até o momento sequer possui registro sindical legalizado no Ministério do Trabalho) com o objetivo de desmobilizar a greve marcada para o dia 12 de fevereiro para os ecetistas de todo o País.

É preciso observar que a reunião foi convocada informalmente e apenas para alguns diretores da FENTECT. O aparente objetivo seria unificar “mais para adiante” os trabalhadores dos Correios, o que não se sustenta até porque a data de greve para o dia 12 de fevereiro, além do objetivo de encaminhar a luta contra o aumento da mensalidade do plano de saúde de 30% para 50% e a alteração da data de validade do nosso Acordo Coletivo de Trabalho tinha, ainda, outro importante compromisso: unificar o movimento ecetista com as lutas de outras importantes categorias (DATAPREV, SERPRO, Casa da Moeda, Petroleiros, Educação etc.) que, assim como nós, estão travando enfrentamentos contra a política de sucateamento e privatização das estatais e empresas públicas, promovida pelo governo Bolsonaro.

O fato de se realizar uma reunião informal, por fora dos órgãos deliberativos da FENTECT, no momento em que os sindicatos da FENTECT estão convocando assembleias para deliberarem por greve, onde membros desta Federação se subordinam a uma política que desmobiliza a categoria de organizar a greve já convocada (e em meio às outras categorias estatais também em luta) levando-a a parar abruptamente sua campanha de mobilização para refazê-la em uma data posterior e em um movimento específico, ou seja: isolado, nos leva a crer que ou estes dirigentes perderam a completa capacidade de analisar o momento político em que vivemos ou estão a serviço de outros interesses diferentes dos que foram discutidos nos fóruns da nossa Federação.

Somos totalmente a favor da unificação da luta. No calendário de lutas, existe uma primeira data para esta unificação que é o dia 12 de fevereiro, observando o período de lutas de outras categorias, cujo calendário foi construído dentro de um fórum oficial da FENTECT e que deve ser respeitado. Tem ainda uma segunda data para realização de greve geral, que é o dia 18/03, e não 04/03, greve esta aprovada e convocada por todas as centrais sindicais brasileiras, que também deve ser levada em consideração por todos os dirigentes e ativistas sindicais ecetistas, sendo ela um desdobramento sequencial à primeira.  
Dia 12/02, é então, uma data que possibilita que todos os Sindicatos dos Correios do País possam se unificar de fato, não só entre si, mas com os trabalhadores de outras categorias nacionais que, assim como nós, já estão em luta, devido à perda de direitos e outras trapaças do governo. Portanto, qual é o problema do Sindicato de São Paulo em se unificar em uma grande greve no dia 12 de fevereiro com as demais categorias em luta? E por que a direção da FENTECT tem que capitular a tal despropósito?

Dizer que fazer unidade é “organizar” apenas uma parte de trabalhadores de uma categoria (Correios) é não entender o momento atual de ataques que toda a classe trabalhadora está vivendo diante da política de liquidação do Estado brasileiro proposto pelo governo Bolsonaro. Isto é bairrismo, uma cegueira total. Mas, acreditamos mesmo é que esses membros da diretoria colegiada da FENTECT, tanto quanto os da FINDECT, não querem fazer nenhum movimento, pra valer, que leve à greve alguma.

Precisamos, de fato, tentar unificar a luta, o que não é fácil. Por isto, temos que iniciar chamando toda a categoria dos Correios a fazer a greve no dia 12 de fevereiro. Unificar a luta é organizar o movimento dos trabalhadores dos Correios junto com os das demais categorias em luta, em todo o País, contra a retirada de direitos e a privatização das estatais. A outra proposta divide e esfria o movimento, cria confusão e insegurança entre os trabalhadores e facilita a vida da direção da ECT, pois percebe a divisão e o medo dentro das próprias direções sindicais.

A diretoria do SINTECT-MG levará adiante a defesa das deliberações dos fóruns da FENTECT mantendo a convocação de greve geral para o dia 12 de fevereiro, já amplamente divulgada!

Abaixo o divisionismo praticado pela cúpula da burocracia sindical ecetista!

Todo apoio à soberania dos fóruns da FENTECT e das assembleias dos sindicatos a ela filiados!

Por uma FENTECT, democrática, classista e de luta!
 

Assinam:

Robson Gomes Silva – Secretário jurídico da FENTECT

Willian Castro de Oliveira – Secretário de Anistia da FENTECT


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