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Um pouco sobre “Luta Por Justiça”

O “Luta por Justiça” é um filme drama, passado nos EUA nos dias atuais, que conta uma história real de dois negros, um condenado a pena de morte injustamente e a luta de um advogado que acabou de se formar, tentando de todas as formas legais salvar a vida desse homem inocente.

O filme começa com a prisão do protagonista, que é então condenado a morte. No filme, essa prisão é justificada de varias formas, mais nenhuma é realmente capaz de provar sua culpa e mesmo assim, a “justiça” mantem o acusado preso. No decorrer da trama, o advogado sem experiência de casos resolvidos, luta veemente pelo caso, mais quase sempre é ignorado, ou calado pelo tribunal pelo fato de não ter experiência e por ser negro. O advogado consegue provas, é pressionado pela aproximação da execução injusta de seu cliente, além de lidar com auxílio dos vizinhos da comunidade do condenado, que organizam vários dias de protesto, contra o racismo e a má conduta da “justiça”.

O filme não faz a critica só ao preconceito racial, mais também a questão de classe e condições sociais, além de explicitar que no Estado burguês, a pena de morte é apenas mais uma forma do Estado promover o genocídio contra àqueles que quer silenciar, como os pobres e os negros.

É incrível vermos o numero de casos de prisões arbitrárias, de pessoas pobres e majoritariamente negras no dia a dia. Um exemplo desses casos no Brasil é o de o de Rafael Braga, um jovem negro e periférico, que foi preso no Rio de Janeiro em 2013. Condenado por trafico de drogas sem julgamento algum, por ter desinfetante em sua mochila (sem provas validas), em um ato contra o aumento de passagem de ônibus,. Em 2016, enquanto cumpria regime aberto com uso de tornozeleira eletrônica, ele foi preso novamente em uma abordagem policial, sem testemunhas.

Esse e outros acontecimentos absurdos que presenciamos no nosso dia a dia, é a mais clara prova de racismo estrutural, imposto por esse capitalismo enraizado na sociedade, e ainda com maior ênfase no sistema judiciário em todas as instâncias. A luta compra este câncer que assombra a população periférica e majoritariamente negra não pode acabar. É necessário superar a paralisia dos movimentos sociais, realizar greves e atos, em uma pauta movimentos contra qualquer desigualdade que essa parte da população, a  classe trabalhadora, vem sofrendo.

 


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