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A mais grave crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, lançou, no dia 01 de abril, um relatório de ''responsabilidade compartilhada'', alertando sobre os impactos socioeconômicos da pandemia, sobre a importância de medidas para combater o novo coronavírus, descrevendo a velocidade e a escalada do surto, a gravidade dos casos e a interrupção social e econômica. No documento, Guterres afirma que esta é “uma doença que representa ameaça para todo o mundo” e que seus impactos na economia “trarão uma recessão sem paralelo. A combinação dos dois fatos e o risco de contribuir para maior instabilidade, maior descontentamento e maior conflito são coisas que nos fazem acreditar que esta é realmente a crise mais difícil que já enfrentamos desde a Segunda Guerra Mundial”.

Como sempre ocorre, os trabalhadores serão os mais afetados com a crise. Conforme estudos da OIT estima-se que a pandemia do COVID-19 pode fazer desaparecer 6,7% das horas de trabalho no mundo, apenas no segundo trimestre de 2020, o equivalente a 195 milhões de postos em período integral. Os dados da OIT apontam, ainda, que devido às políticas de confinamento, dentre a população ativa mundial, cerca de 3,3 bilhões de pessoas (mais de 81%) estão sendo afetadas pelo fechamento total ou parcial dos locais de trabalho. Atualmente, 1.250 milhões de trabalhadores estão empregados em setores identificados como propensos ao aumento ''drástico e devastador'' de demissões e redução de salários e horas trabalhadas.

Tal política é intensificada pelas ações genocidas que os governos burgueses, principalmente os da extrema-direita, vêm adotando, a exemplo do governo brasileiro. Ao se negar a determinar o isolamento social, o Estado “lava as mãos” quanto ao seu dever de dar assistência à população, o que obriga os mais necessitados, divididos entre o medo da doença e a necessidade de manterem seus empregos para pagar as contas e ter o que comer, a descumprirem as medidas de segurança indicadas em tempos da pandemia.

O sistema em que vivemos não dá opções às parcelas exploradas da sociedade a não ser a de produzir as riquezas e o acúmulo do capital nos bolsos dos grandes capitalistas. É preciso destruir este sistema que visa o lucro acima da vida.

 


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