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O 1º de maio é da classe trabalhadora e não dos representantes dos patrões

Nós da Luta Pelo Socialismo – LPS, repudiamos a proposta das Centrais Sindicais de realizar neste ano um Primeiro de Maio - Dia Internacional dos Trabalhadores “unificado” com os algozes históricos dos trabalhadores. Dividir o palanque virtual (live) dessa atividade com representantes dos grandes partidos da direita nacional representa uma traição à classe trabalhadora brasileira. 

Os “convidados” para participarem com os trabalhadores das comemorações do 1º de maio são os mesmos que coordenaram todos os ataques violentos que a classe trabalhadora sofreu nos últimos anos. O Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) e o Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM) garantiram a aprovação da reforma da Previdência e de todas as reformas trabalhistas impostas pelo governo de Jair Bolsonaro. Estão, nesse momento, articulando o congelamento do salário dos servidores públicos em troca da ajuda emergencial aos estados. São os responsáveis pelo fim dos investimentos na Saúde Pública e desmonte do SUS, de que tanto precisamos neste momento de Pandemia. 

Outro convidado para “comemorar” com os trabalhadores a luta internacional é o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Tófolli, que foi o responsável por derrubar todas as liminares que suspendiam, por irregularidades, as votações das reformas das previdências dos servidores estaduais. 

Também está na lista das Centrais o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), cujos governos foram responsáveis pelas privatizações criminosas das estatais e por outras medidas que geraram milhões de demissões de trabalhadores no país, entre diversos outros ataques aos direitos do povo. Outros convidados são os governadores de São Paulo, João Dória (PSDB) e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, responsáveis diretos pela eleição de Bolsonaro e representantes da mais ferrenha política neoliberal contra os trabalhadores. 

Com essa iniciativa, as Centrais Sindicais sucumbem à política burguesa, rompendo com a necessária independência de classe que deve ser o eixo de uma manifestação que existe para lembrar as lutas dos trabalhadores contra a exploração da burguesia. A aliança com os patrões é um desserviço praticado por estas entidades, que confunde os trabalhadores e impede o avanço da consciência de classe dos mesmos. A burocracia sindical, assim, age como um “muro de contenção” para impedir que a revolta da classe trabalhadora diante de tantos ataques sofridos, se transforme em luta real contra o sistema de exploração que é o capitalismo.

O dia 1º de maio é o dia em que trabalhadores de todo o mundo relembram suas lutas históricas e realizam manifestações em defesa dos seus direitos. As comemorações deste dia devem resgatar o espírito de luta representado pela criação dessa data histórica e não servir de palanque para que as burocracias sindicais entreguem a cabeça dos trabalhadores em uma bandeja para os donos do grande capital.

Nós da Luta Pelo Socialismo – LPS não participaremos desse 1º de Maio convocado pelas centrais sindicais em aliança com os algozes da classe trabalhadora brasileira. Defendemos a luta classista, com total independência em relação à política burguesa que, nesse momento de crise, não tem nada a oferecer aos trabalhadores a não ser mais exploração. A luta deve ser pela evolução da classe trabalhadora em busca da sua emancipação em relação ao sistema capitalista, por uma sociedade igualitária e sem classes, pelo socialismo.

#ForaBolsonaroeSeuGoverno!

#PorUmGovernodosTrabalhadoresdaCidadeedoCampo!


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