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1° de maio solidário: SINTECT-PB fará campanha e arrecadação de alimentos

Considerando a proposta apresentada pelas Centrais Sindicais de realizar um Primeiro de Maio - Dia Internacional dos Trabalhadores, on-line, o único em toda a história do movimento operário; considerando que, no palanque virtual dessa atividade ocorrerá a presença de algozes dos trabalhadores, como o Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) e o Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), que são avalistas de propostas no Congresso Nacional contra os interesses dos trabalhadores; considerando que também foram chamados para compor uma tribuna virtual do evento, fíguras como Dias Toffoli, Presidente do Supremo Tribunal Federal, que, de forma monocrática, vem causando prejuízos econômicos e sociais aos trabalhadores dos Correios, ao suspender 3 pontos fundamentais do Dissídio Coletivo da categoria,bem como o Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ex-presidente da República, responsável por milhões de trabalhadores dos Correios, além de outros ataques aos direitos dos trabalhadores e do povo, com seu pacote de privatizações.

Considerando, por último que estamos em perídodo de isolamento social, diante da pandemia de coronavírus que assola o país e da crise política provocada por um governo que atua contra a democracia e contra o combate ao COVID-19, o SINTECT-PB decide não participar participar diretamente do PRIMEIRO DE MAIO nos termos propostos pela Centrais Sindicais, sendo certo que, forma independente das organizações do ato unificado, o nosso sindicato promoverá campanha de arrecadação de alimentos para atender pessoas humildes e que precisam de ajuda solidária.

O SINTECT-PB propõe as seguintes ações solidárias:

1)Participação de campanha de solidariedade, com compra de cestas básicas para distribuição às populações em situação de vulnerabilidade social.

2) Campanha de solidariedade junto aos trabalhadores dos Correios para arrecadação de alimentos e de material de higiene pessoal para distribuição às populações em situação de vulnerabilidade social.

3)O SINTECT disponibilizará o espaço para funcionar como ponto de arrecadação de alimentos e outras doações em João Pessoa;

4)Em outras cidades do Estado, orientamos que os trabalhadores façam doações às entidades ou façam entrega de sua doação nos pontos de coleta disponível;

5) Apoio ao Abaixo Assinado pela taxação das grandes fortunas;

6) Campanha de Doação de Sangue - Incentiva-mos aos que são doadores(as) de sanngue a fazerem a doação de sangue, suprindo as necessidades dos bancos de sangue, especialmente no atual cenário de pandemia.

 

Em defesa da saúde pública e contra os ataques do governo Bolsonaro à democracia

 

Nesse Primeiro de Maio, os trabalhadores devem refletir sobre os fatos que vem determinando os rumos da política no país e se unir contra os ataques do Governo à saúde pública e seu desserviço pessoal do presidente em relação ao Coronavírus. O principal obstáculo para combater a pandemia de Coronavírus que assola o Brasil é a política adotada pelo governo Bolsonaro que, em discursos alucinados, pede a “volta à normalidade” do país, abandonando total ou quase totalmente a quarentena obrigatória, ignorando todas as normas e prevenções sanitárias universalmente reconhecidas, assumindo uma retórica em nome de “salvar a economia”.

O Governo Bolsonaro está a serviço dos interesses do grande capital nanceiro internacional. Por isso, o Banco Central, buscando beneficiar os grandes bancos privados, já disponibilizou, no ano de 2020, cerca de R$ 1,216 trilhão para os bancos brasileiros, o que equivale a 16,7% do PIB. Compare-se essa cifra com o “pacote” anunciado pelo governo de R$ 88,2 bilhões para combater a pandemia: ele equivale a 7,5% dos fundos disponibilizados para os bancos. O chamado Auxílio Emergencial, aprovado no Congresso Nacional, a “ajuda” para os desempregados e os trabalhadores informais, no valor de R$ 600,00 per capita, só chega a ser um paliativo temporário.

A chegada do Coronavírus no país, desde fevereiro deste ano, só agrava a situação das precárias condições sanitárias existentes no Brasil, devidas a décadas de desinvestimento e cortes orçamentários, em especial nas áreas de saúde, com o desmonte do SUS, e na educação, soma-se a subordinação histórica do país, hoje aprofundada, às grandes potências dominantes no capitalismo internacional. O governo dos EUA, encabeçado por Donald Trump, em atos de pirataria internacional, se apropriou, mediante subornos misturados com a força, de equipamentos de prevenção hospitalar (EPIs), testes e respiradores artificiais para pacientes graves, fabricados na China e destinados a outros países, incluído o Brasil. A política de privatização e desindustrialização privou o Brasil das possibilidades no campo tecnológico. É necessária uma nova política interna e internacional para garantir a sobrevivência do povo brasileiro e dos povos oprimidos do mundo todo.

No Brasil, ela não será oriunda de uma substituição de Bolsonaro por Mourão à cabeça do cargo máximo do país, nem da atual composição legislativa, que surpreendeu pela celeridade com a qual passou a tratar medidas como a suspensão de contratos e o corte de salários de funcionários públicos e privados, atingindo até 50% do ordenado, supostamente para conter gastos estatais, criando uma onda de miséria social e de inadimplência e retomada de bens (móveis e imóveis) em massa. A única saída viável para os trabalhadores e explorados é impor uma centralização de todos os recursos do país, com base em um único plano social e econômico, sob a mobilização e liderança dos próprios trabalhadores. As empresas começaram a demitir (inclusive no crítico setor de transportes, responsável pela logística de distribuição de alimentos e medicamentos): devemos exigir a proibição de toda e qualquer demissão em situação de emergência nacional e social. O controle do sistema financeiro pelos trabalhadores do setor, para evitar a fuga de capitais e o esvaziamento do país, também está na ordem do dia, pondo na agenda a perspectiva de sua nacionalização.

O combate à epidemia requer uma ação centralizada que coloque todos os recursos econômicos, materiais e humanos, da nação a serviço do travamento do contágio e do tratamento da doença enquanto não existir vacina comprovadamente eficiente, garantindo segurança alimentar e saúde para toda a população, ampliando a capacidade do sistema de saúde para atender todos os doentes, priorizando a produção e distribuição de itens de trabalho para os profissionais de saúde. É necessário transformar o sistema de produção do país em função das necessidades postas pelo cenário de crise econômica e sanitária. Os profissionais de saúde denunciam a falta de equipamentos e suprimentos médicos básicos. O governo chegou ao ponto de impor que médicos e enfermeiros reutilizassem as máscaras de proteção. Trabalhadores de telemarketing, trabalhadores industriais, distribuidores de alimentos e remédios iniciaram processos de luta para exigir garantias de segurança e higiene. Nas favelas e periferias, comitês da comunidade assumem a tarefa de estabelecer vigilância sanitária para reduzir a propagação da praga. A recente greve dos metalúrgicos em São Paulo exigindo férias remuneradas é a ponta de um iceberg que tende a crescer.

A VIDA ACIMA DO LUCRO!

NÃO ÀS PRIVATIZAÇÕES!

PELA ESTATIZAÇÃO DE TODO O SERVIÇO MÉDICO!

PELA ESTATIZAÇÃO DO SERVIÇO BANCÁRIO!

PELA TAXAÇÃO DAS GRANDES FORTUNAS!

FORA BOLSONARO!
 

Fonte: SINTECT-PB


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