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Porque defender a pesquisa a universidade e a saúde pública?

Após a última guinada capitalista na busca incessante pelo lucro durante a pandemia mundial do novo corona vírus, o sistema atual se encontra em desespero. Com pouca ou quase nenhuma demanda em diversos setores da economia, com barris de petróleo a preços negativos, o lucro sobre produtos essenciais no combate ao Covid-19 aumentou substancialmente. 

A insistência do sistema capitalista em manter a grande margem de lucro da grande e pequena burguesia industrial e exportadora, tem como consequência direta as mortes por Covid-19. Os países mais afetados seguem sendo os da periferia dos grandes centros da economia mundial. As nações controladas pelo imperialismo norte americano, como o Brasil, por exemplo, sofrem com a falta de insumos para os hospitais durante a crise sanitária. Sem os equipamentos necessários, aumentam o número de casos não diagnosticados (falta de testes) e com a crescente curva dos casos registrados e o internamento dos doentes, os leitos de UTI do sistema público de saúde, onde os respiradores são utilizados, superlotam, aumentando o número de óbitos. Além dos respiradores, faltam aos trabalhadores da saúde máscaras, tocas, luvas, etc, principalmente em municípios do interior do país, onde a rede hospitalar é ainda mais precária. 

 

Instituições públicas e a luta pela vida

 

As instituições públicas vêm se apresentando como as únicas capazes de defenderam a vida da maioria da população, em contraposição à busca pelo lucro das corporações capitalistas. Diversas pesquisas em busca de vacinas ou remédios para o tratamento da Covid-19 estão sendo feitas por instituições públicas pelo mundo, inclusive no Brasil, em muitas universidades públicas. Os insumos industriais também são pesquisados e produzidos dentro destas instituições, com a intenção de serem barateados, mais eficazes e produzidos em massa, para suprir a demanda que a iniciativa privada não tem interesse em atender, a não ser quando consegue extrair lucros gigantescos dela.

A USP (Universidade de São Paulo) testou com sucesso entre os dias 17 e 19 de abril, novos respiradores, muito mais baratos do que os vendidos no mercado e feitos em tempo recorde (possibilitando sua produção em massa). Com os testes de sucesso em humanos e animais, o novo aparelho espera aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), para então poder ser produzido. O respirador da USP custa cerca de R$ 1 mil, enquanto o importado tem o preço de R$ 15 mil e requer mais tempo para sua produção. Os planos dos pesquisadores é a produção em larga escala, para suprir a demanda do SUS por novos respiradores, na contínua luta contra a Covid-19. 

A crise capitalista, agravada pela crise sanitária, tem mostrado a importância das instituições públicas, como os institutos de pesquisa, universidades e do sistema de saúde público, cuja função social é atender aos interesses de toda a população e não a busca por lucros que discrimina os mais pobres. A defesa dos serviços públicos tem que ser continua e intensa na luta pela emancipação da classe trabalhadora. Os governos burgueses administram o dinheiro do povo em benefício de uma casta de parasitas do mercado financeiros. Cabe aos trabalhadores exigirem o que é seu e, assim, organizarem a luta pela derrubada do sistema capitalista, que coloca o lucro de uma minoria acima da vida da maioria.
 


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