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Imigrantes e refugiados sofrem mais com a pandemia

A pandemia do novo coronavírus tem aterrorizado o mundo, mas ataca de forma especial os mais pobres, como é o caso das populações de imigrantes e refugiados que vivem nos acampamentos perto das fronteiras, ou até mesmo dentro dos países. Segundo um alerta feito pelas diretoras de pesquisa da Organização Internacional para Migrações, Marie McAuliffe e Céline Bauloz, esses são os grupos que mais correm risco de morte com o Covid-19.

As pesquisadoras observam que para os refugiados, a aglomeração de pessoas tornam o isolamento social impossível. Esta realidade é intensificada com as péssimas condições alimentar, de saúde e higiene pessoal, que faz com que este grupo fique mais expostos ao vírus. Há, ainda, os que se arriscam em travessias pelo mar Mediterrâneo. É o caso de 149 migrantes oriundos da África e do Oriente Médio, resgatados de barcos de madeira pelo navio alemão, Alan Kurdi, na costa oeste da Sicília e impedidos de desembarcar na Itália, onde o vírus é responsável por um grande estrago.

Além disso, temos os casos dos imigrantes que já conseguiram se refugiar dentro dos países, mas que enfrentam uma grande hostilidade e até repressão da população nativa. A xenofobia dificulta, e muitos vezes impede, a contratação dessas pessoas, por vezes inviabilizando o acesso à moradia. Também não podemos esquecer dos altos índices de violência contra os imigrantes.

Mesmo com todas essas mazelas, o número de refugiados e imigrantes continua elevado. Isto se dá graças ao impiedoso sistema capitalista, que torna muito difícil as condições de vida em países subdesenvolvidos ou mais atrasados. Aqueles que são grandes polos industriais, tecnológicos e econômicos controlam todos os outros, além de explorar as formas de matérias-primas e riquezas das outras nações. Por este motivo, pessoas tentam de todas as formas imigrar com o “sonho” de uma vida melhor, acreditando que as condição de vida dentro dos países desenvolvidos será sempre melhor do que a situação vivida em seu país de origem.

Quase a totalidade desses imigrantes compõem a parcela pobre da população mundial, um setor importante da classe operária, que o capitalismo e seus dirigentes tanto tortura e escraviza. Sendo a maioria da população, é necessária a união dessa classe pela tomada do poder, retirando o punhado de parasitas que mantêm esse sistema de opressão para salvar seus lucros.
 


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