• Entrar
logo

Governo federal nega que auxílio pode continuar após a pandemia

O Governo Federal soltou uma nota na manhã da última terça feira (12), para desmentir a fala do secretário especial de produtividade, emprego e competitividade do Ministério da Economia (ME), Carlos Costa, que em transmissão ao vivo, no dia 11 de maio, declarou que o auxílio emergencial poderia ter acréscimos de parcelas após a pandemia e que o governo não poderia apenas “virar a chave e desligar tudo de uma hora para outra”. 

Para o governo, no entanto, a prioridade é o pagamento da dívida pública, o enriquecimento dos bancos e grandes empresas. Para o ME, o auxílio pago às famílias, uma “esmola” que o governo foi praticamente obrigado a dar para garantir o mínimo de sobrevivência dos mais necessitados, não pode "comprometer a recuperação das contas públicas a partir de 2021 e nem a trajetória sustentável da dívida pública". Em outras palavras: o governo não está disposto a reduzir a taxa de lucros dos capitalistas para colocar comida no prato dos brasileiros.

A direita brasileira, mais uma vez, demonstrou seu completo descaso com a população trabalhadora. Enquanto os bancos receberam um auxílio de R$ 1,216 trilhão do governo, equivalente a 16,7% do Produto Interno Bruto (PIB), o auxílio emergencial, que garantiria a muitas famílias o mínimo para sustentar seus lares, somaria singelos R$ 154,4 bilhões do Governo Federal durante três meses (abril, maio e junho). O valor representa pouco menos de 10% do valor pago aos banqueiros e rentistas. 

Segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI), 79,9 milhões de brasileiros solicitaram o auxílio. Muitos destes trabalhadores foram aprovados e receberam a primeira parcela, mas ainda não receberam a segunda, que teve data de pagamento prorrogada indefinidamente. Outra parcela de trabalhadores não recebeu nem a primeira remessa. O descaso com os milhões de brasileiros que fizeram a solicitação e dependem deste auxílio é um crime. 

Esta é a política nefasta e entreguista que o governo Bolsonaro, com o auxílio do Ministro da Economia, Paulo Guedes, vem aplicando: banqueiros e rentistas engordam seus bolsos durante a crise, enquanto os trabalhadores e suas famílias passam fome. Como se vê, a transferência do capital Estatal aos banqueiros não parou nem mesmo durante a crise sanitária. A regra é a mesma em todos os colapsos do capitalismo: os ricos terão seus lucros resguardados, enquanto os pobres pagarão, mais uma vez, a conta da crise. É preciso denunciar a organizar os trabalhadores para lutar contra essa lógica perversa de exploração do povo brasileiro, enquanto engorda os lucros de uma casta de parasitas. Os trabalhadores não devem pagar a conta da crise!
 


Topo