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Perdas de empregos nos EUA em abril podem chegar a 22 milhões

De acordo com pesquisa realizada pela agência Reuters, só no mês de abril deste ano cerca de 22 milhões de empregos foram perdidos nos Estados Unidos. Este foi o maior volume de fechamento de vagas desde a grande depressão de 1929. De fato, os dados do mercado de trabalho estadunidense mostram que a taxa de desemprego disparou ao menos 16% no mês passado. Até então, o recorde pós-Segunda Guerra Mundial era de 10,8%, alcançado em novembro de 1982.

As expectativas de analistas é que a recuperação da recessão, se vier, será muito lenta, pois irá somar uma série de pouco gasto dos consumidores, investimento empresarial, comércio, produtividade, mercado residencial etc. Mais que isso, o PIB no primeiro trimestre nos Estados Unidos registrou contração de 4,8% na projeção anual.   

A mesma pesquisa da Reuters apontou para o fechamento de postos de trabalho em quase todos os setores da economia, com dispensas maiores nos setores de lazer e hotelaria, principalmente em restaurantes e bares. Apesar de um cenário atual muito ruim, as projeções são ainda piores: as estimativas na pesquisa falam de 35 milhões de vagas perdidas este ano. Para a taxa de desemprego, a expectativa chega a 22% em 2020, um aumento vertiginoso ser comparado aos dados de março, quando foram fechadas 701 mil vagas, com a taxa de desemprego em 4,4%. 

Em um ano eleitoral, o desemprego de dois dígitos complica as pretensões políticas do presidente dos EUA, Donald Trump. O mandatário até tentou diminuir o impacto das más notícias, afirmando que esses dados ''não são surpreendentes'', que eram completamente esperados diante da crise sanitária do novo coronavírus. “Até os democratas não me culpam por isso’’, disse o presidente em entrevista à conservadora rede Fox News. 

Como se vê, a situação da classe trabalhadora da principal economia do mundo capitalista é agonizante. O governo de Donald Trump, um representante da extrema-direita, coloca a classe trabalhadora estadunidense em uma situação cada vez mais insustentável. É necessária uma mudança paradigmática, sistêmica, para que respostas verdadeiras e duradouras sejam dadas aos trabalhadores de todo o mundo.


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