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Pandemia de Covid-19 acelera na África, diz OMS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) fez um alerta sobre a propagação da pandemia do novo coronavírus no continente africano. Segundo a Organização, a disseminação se dá principalmente pelo fato de viajantes estrangeiros levarem a doença para as capitais. Dez países concentram a epidemia africana e somam 75% dos cerca de 207.600 casos no continente, registrado até o dia 11 de junho, conforme relatou a diretora regional da África da OMS, Matshidiso Moeti. Os casos cresceram para mais de 300 mil, com cerca de 7.500 mortes no dia 29 de junho. "Embora estes casos da África sejam menos de três por cento do total global, está claro que a pandemia está se acelerando", disse Moeti em uma coletiva de imprensa para correspondentes da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra. 

O país mais atingido pela pandemia é a África do Sul, que mesmo tendo um quarto de todos os casos do continente, passa por uma flexibilização gradual do isolamento desde o mês de maio. A elevação nos números de casos diários e mortes está sendo relatada em duas províncias, Cabo Ocidental e Cabo Oriental, disse a diretora, acrescentando: "Especificamente no Cabo Ocidental, onde estamos vendo uma maioria de casos e mortes, a tendência parece semelhante ao que estava acontecendo na Europa e nos Estados Unidos". 

Além da pandemia do covid-19, países africanos enfrentam outras doenças presentes no continente. Um surto de Ebola, na República Democrática do Congo, foi anunciado pela OMS na segunda feira (15). De acordo com as autoridades médicas, 17 novos casos foram registrados e 11 dos infectados morreram. O precário sistema de saúde do Congo, que já possui mais de 6.900 casos de Covid-19 e 167 mortos, também está combatendo uma epidemia de sarampo, que já levou ao óbito mais de seis mil pessoas.

As precárias condições em que foi deixado o continente africano pelo imperialismo ficam ainda mais nítidas na crise da pandemia do novo coronavírus, que ainda não atingiu seu pico no continente. O imperialismo, que retirou tudo o que podia dos países africanos, deixa a África, mais uma vez, largado à própria sorte, sem se importar com nada além dos recursos que pode explorar. Com o avanço da pandemia e o ressurgimento de outras patologias que assolam o continente, mesmo estando erradicadas pelo mundo, o já precário sistema de saúde lida com muitos surtos, além dos problemas “corriqueiros” como a má distribuição de renda, a precariedade das condições de vida e a escassez de recursos. 
 


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