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Colômbia retorna 3,5 milhões de pessoas ao isolamento

Cerca de 3,5 milhões de pessoas voltaram ao confinamento rigoroso na Colômbia, no último dia 13 de julho, após um crescimento de novas infecções pelo novo coronavírus. De acordo com as autoridades, a máxima da disseminação estaria prevista para as próximas semanas. A situação é classificada como “alarmante”. A Colômbia decidiu retornar ao modelo mais rígido de prevenção de infecções, em um momento em que a América Latina e o Caribe enfrentam um pico crítico da emergência sanitária, que também desencadeou um grave declínio econômico.

Somente na capital colombiana, o confinamento atinge 2,5 milhões de habitantes, do total de oito milhões. Com uma população de 50 milhões de habitantes em toda a Colômbia, atualmente, a capital Bogotá concentra um terço dos mais de 150.000 casos de COVID-19 detectados no país desde o dia 6 de março. Pouco mais de 5.300 pessoas morreram desde então, sendo 1.123 em Bogotá.

"Temos um crescimento diário dessa doença hoje. Relatamos mais de 2.000 casos positivos por mais de três dias", disse a prefeita de Bogotá, Claudia López, em entrevista a vários meios de comunicação. "A velocidade com que a pandemia em Bogotá está crescendo é alarmante", enfatizou. O sistema de terapia intensiva de Bogotá para atender os casos mais graves de Covid-19 alcançou 90% de ocupação, o que o colocou em alerta máximo. Como medida preventiva para diminuir o aumento dos casos, a partir do dia 10 de julho até 23 de agosto, a cidade terá quarentenas de 14 dias por localidades (grupos de bairros), com o objetivo de remover 2,5 milhões de pessoas de circulação.

Medellín, a segunda cidade do País, também começou a aplicar restrições semelhantes que, em princípio, impedirão a movimentação diária de um milhão de seus 2,4 milhões de habitantes, segundo informou a prefeitura.

A Colômbia é o quinto país latino-americano com mais casos confirmados e mortes pelo novo coronavírus, atrás de Brasil, México, Peru e Chile. A América Latina enfrenta um pico crítico da pandemia, onde o número de casos e mortes supera a Europa e outros continentes. Com a pressão das burguesias pela reabertura do comércio e outros serviços não essenciais, aliada às políticas neoliberais de seus governantes, os países da América Latina se veem cada vez mais arrastados para um cenário de caos total, onde apenas os ricos terão acesso à saúde, enquanto a classe trabalhadora amargará com os males da pandemia, seja pela crise econômica, seja no colapso dos sistemas de saúde. Neste sentido, a defesa do isolamento social é primordial para salvaguardar o direito à vida da classe operária, que está sendo colocada para “pagar a conta” da crise capitalista, é tarefa primordial. 
 


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