O governo Bolsonaro e as direções do Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) e Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (DATAPREV) avançam na tentativa de desmonte das duas empresas públicas de Tecnologia da Informação (TI).
Após fecharem 20 escritórios regionais da DATAPREV, demitindo grande parte dos seus trabalhadores, e planejarem o fechamento de escritórios e regionais no SERPRO, a estratégia agora é esvaziar os serviços e a inteligência de TI nas duas empresas.
O uso do armazenamento EM NUVEM, reduzindo os grandes datacenters, é um avanço em TI. O SERPRO e a DATAPREV são empresas que poderiam, junto com os setores de TI dos diversos órgãos e secretarias do governo, instalar a NUVEM BR, pois têm tecnologia e profissionais capacitados. Entretanto, a decisão do governo é de abrir concorrência pública para verificar preços de serviços de computação EM NUVEM.
Todavia, o SERPRO e a DATAPREV, por serem empresas públicas, não podem participar de licitações, pois a legislação impede.
Moral da história: a empresa privada de TI que vencer a licitação certamente terceirizará para as empresas públicas fazerem o trabalho pesado e, após tudo pronto e funcionando, saem do circuito.
Levando em consideração que o faturamento das empresas públicas vem da produção dos softwares e dos sistemas e das licenças pelo uso deles, este projeto tende a acabar com a receita das empresas públicas federais de TI.
Defender o SERPRO e a DATAPREV e a TI pública é defender a soberania tecnológica do Brasil.