• Entrar
logo

Campo do Meio: resistir é preciso

Na tarde desta quinta-feira (13), policiais militares, sob responsabilidade do governador Romeu Zema (NOVO), atearam fogo nas áreas do acampamento Quilombo Campo Grande, em Minas Gerais. O ataque violento foi uma resposta à resistência das 450 famílias sem-terra, que ali vivem e produzem, à ação de reintegração de posse, determinada pela Justiça. A ação teve início na quarta-feira, com o despejo de três famílias que viviam em um barracão coletivo. No período da manhã da quinta-feira, a Escola Popular Eduardo Galeano foi destruída por um trator. 
    
O Acampamento Quilombo Campo Grande (MG), assim batizado pelos trabalhadores em homenagem a um antigo quilombo da região, é resultado do conflito e da ocupação nas terras da falida Usina Ariadnópolis, em Campo do Meio, Minas Gerais. São ao menos 450 famílias que vivem ali há 23 anos, cuja produção é referência em agroecologia na região. 

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) alertou, no período da tarde, que mais de 200 policiais se encontravam na área do acampamento e que a repressão contra as famílias pode ocorrer a qualquer momento. As famílias seguem na resistência. Tuíra Tule, da coordenação estadual do MST, declarou à imprensa: “Estamos aqui em resistência. Queremos denunciar a covardia do governo Zema (...) Precisamos o apoio de toda sociedade. De Minas Gerais, de Brasil, do mundo. Estamos firmes aqui e daqui não vamos sair.”

O atual confronto é reflexo do aumento da investida da direita contra a população trabalhadora (da cidade e do campo). Trata-se, efetivamente, de uma política de extermínio dos trabalhadores do campo e dos movimentos sociais em favor dos latifundiários. É preciso lutar e enfrentar a investida da direita, sendo a unidade na luta dos trabalhadores do campo e da cidade a única saída possível.
 


Topo