Os trabalhadores dos Correios se aproximam do 30º dia de greve nacional contra os ataques do governo Bolsonaro, que está retirando direitos históricos da categoria, reduzindo a remuneração dos salários dos trabalhadores em quase 50% e, com isto, pavimentando o caminho da privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), a maior empresa pública de logística da América Latina. Tudo isto em meio a uma pandemia que já ceifou mais de 130 mil vidas no País e que está sendo utilizada pelo governo para promover um verdadeiro desmonte do Estado nacional.
A greve dos trabalhadores dos Correios se apresenta não como a luta de uma categoria específica, mas como um enfrentamento contra a agenda econômica neoliberal posta em prática pelo atual governo, que representa a destruição da economia nacional em benefício das grandes corporações imperialistas, cuja consequência é o empobrecimento e a superexploração de todos os trabalhadores.
Este é um movimento em defesa do patrimônio do povo brasileiro. Derrotar a luta dos ecetistas é passo fundamental no avanço de medidas contra a maioria da população e é por isto que a greve está sendo isolada pelo governo. Bolsonaro sabe que o movimento paredista dos Correios iria incendiar outras categorias em torno de uma luta coletiva em defesa do serviço público e contra os ataques à classe trabalhadora.
Assim, fazemos um chamado nacional a todos os trabalhadores brasileiros, para saírem às ruas na próxima segunda-feira, dia 21/09, e se juntarem à grande manifestação nacional que será realizada em Brasília (DF) e também em todas as capitais do País. Neste dia haverá o julgamento do Dissídio Coletivo dos ecetistas, cujo resultado trará consequências, inclusive, para o ordenamento jurídico do nosso País. Isto porque, o governo, através da direção da Empresa, conseguiu uma liminar inédita no Supremo Tribunal Federal (STF), que quebrou a vigência da sentença normativa proferida no ano passado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), cuja validade se estenderia até agosto de 2021. Ou seja, a própria liminar já criou uma insegurança jurídica no campo trabalhista em todo o País e ainda colocou em xeque a própria existência da Justiça do Trabalho no Brasil.
A solidariedade de classe entre todas as categorias, principalmente as que estão na mira das privatizações deve ser a tônica para que seja criada a verdadeira unidade na luta. Porém, mais do que isto, é preciso criar uma comoção nacional, transformando esta importante greve num movimento que irá alavancar a luta da classe trabalhadora brasileira contra os ataques do governo Bolsonaro.
Pela unidade, na luta, dos trabalhadores brasileiros!
Greve geral nacional dia 21/09 em defesa do serviço público!
Em defesa das estatais, patrimônio dos trabalhadores!
Em defesa dos direitos dos trabalhadores, todo apoio à greve dos trabalhadores dos Correios!
Fora Bolsonaro e todo o seu governo! Por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo!