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Família Bolsonaro: milicianos no poder

Em investigação desde 2018, o chamado filho número um do presidente  Jair Bolsonaro (sem partido), Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) teve denúncia ajuizada no dia 19 de outubro e encaminhada ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro no último dia 3.  Na denúncia, o Ministério Público pediu à Justiça que o senador perca o cargo se for condenado no caso das “rachadinhas”, a prática de entregar parte dos salários a um deputado. Flávio foi deputado estadual no Rio de Janeiro por quatro mandatos, período em que utilizava de seu gabinete na assembleia legislativa do estado do Rio de Janeiro para pagar funcionários fantasmas, receber parte de salários de funcionários e praticar lavagem de dinheiro. 

De acordo com a denúncia, Flávio Bolsonaro foi o beneficiário final de todo um esquema que envolvia desde familiares a milicianos, como Adriano Magalhães, um ex-PM suspeito de integrar um grupo de extermínio investigado pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, no Estado do Rio. O filho mais velho do presidente tinha como funcionárias fantasmas a mulher e a sogra de Adriano. O ex-deputado também mantinha Fabrício Queiroz (e  família) e Ana Cristina Siqueira Vale, ex-esposa de Jair Bolsonaro, como assessores em seu gabinete, com altos salários.  Após os repasses de parte desses salários ao então deputado, o dinheiro era lavado na compra de imóveis, como apartamentos na Barra da Tijuca e franquias de lojas de chocolate em shoppings da cidade do Rio. 

As comprovações de que o senador esteve diretamente envolvido nos esquemas das “rachadinhas”  demonstram como a família Bolsonaro está relacionada com a corrupção e a milícia carioca. No entanto, como se não bastasse o cargo de  senador ser utilizado para provável continuidade da corrupção, Flávio e seu partido atuam ali para retirar direitos dos trabalhadores brasileiros. O filho primogênito do presidente representa a presença de Jair Bolsonaro no senado, assim como seus outros filhos em  cargos legislativos.  Uma família que trabalha em conjunto para fortalecimento do estado miliciano no Brasil, assim como para a destruição dos direitos trabalhistas e das instituições públicas brasileiras. 

A família Bolsonaro é envolvida com o crime e corrupção, enquanto trabalha ostensivamente para destruição do Estado  e a morte da população negra e pobre no Brasil. Os fatos envolvendo essa família de milicianos comprovam que o discurso anticorrupção que justificou a derrubada dos governos de Frente Popular do PT não passavam de fachadas para levar ao poder grupos envolvidos com todo tipo de bandidagem política que possa existir num país, capazes de implementar o conjunto de medidas antipopulares imposto pelo capital financeiro.  É preciso unificar as lutas dos trabalhadores contra o governo Bolsonaro e todo o retrocesso que ele impõe aos direitos democráticos e sociais da população.
 


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