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Bolsa família de 2021 começa a ser pago sem acréscimo do auxílio emergencial

Sem 14º salário, nem auxílio emergencial, sem reajuste no valor do Bolsa Família, e nem a mudança de nome para Renda Cidadã ou Renda Brasil, na tentativa de tirar o legado do ex-presidente Lula pela criação do programa: assim se inicia o pagamento do Bolsa Família do governo Bolsonaro para 2021. Nenhuma das promessas da campanha eleitoral de 2018 do presidente foram cumpridas e os mais pobres do país já começam o ano ainda mais desamparados.

Terceirizando a responsabilidade por não ter dado um passo adiante na busca de algum programa social que atenda a população durante a pandemia do novo coronavírus, o presidente Bolsonaro diz que o país não tem dinheiro para continuar o pagamento do auxílio emergencial e nem para reajustar o valor do Bolsa Família. Valores esses que seriam fundamentais para colocar comida na mesa de 14,2 milhões de famílias que recebem o benefício, e para outros 14 milhões de desempregados no país.

O pagamento do Bolsa Família, sem reajuste e sem o auxílio emergencial, é destinado à famílias com renda por pessoa de até R$ 89 mensais. Famílias com renda por pessoas entre R$ 89,01 e R$ 178,00 mensais, também terão direito desde que tenham crianças ou adolescentes de 0 a 17 anos. 

Banqueiros lucram até na forma de pagar o mísero benefício

Desde dezembro, o pagamento do Bolsa Família está sendo migrado para as poupanças digitais da Caixa Econômica Federal (CEF) pelo aplicativo Caixa Tem e o uso do benefício pode ser feito com a mesma senha do cartão social, sem necessidade de criação de uma nova. Conforme denuncia o advogado e professor Olímpio Rocha, Membro do Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba, diversos funcionários das agências propriamente ditas, como também das "áreas meio" da Caixa questionaram o fato de os auxílios estarem sendo pagos somente através das “contas digitais”, movimentadas por meio do aplicativo “Caixa Tem”, uma vez que, no caso do auxílio emergencial, por exemplo, este não suportou a demanda e obrigou a CEF a lotar as agências, com gigantescas e mortais filas, para liberar os pagamentos presencialmente e regularizar o acesso ao aplicativo, além das fraudes que afetaram milhares de beneficiários.

Ainda de acordo com Rocha, a resposta a isso pode estar no anúncio, feito pelo Presidente da CEF, Pedro Guimarães, da intenção de criar uma nova instituição financeira, de capital aberto, com ações que serão vendidas dentro e fora do Brasil e que herdará aquelas mesmas contas digitais, assim como todos os pagamentos sociais que, hoje, são tocados pela empresa pública federal que ele administra.

Esse fato é mais uma comprovação de que o governo genocida de Bolsonaro e de seu ministro da economia, Paulo Guedes, não está preocupado com o aprofundamento da miséria da população, mas sim com formas de aumentar o lucro dos banqueiros, mesmo que para isso exponham a população beneficiária dos auxílios, além de bancários e bancárias da CEF a aglomerações exaustivas e fatais.
 


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