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Greve dos bancários do Banco do Brasil

Bancários do Banco do Brasil iniciaram uma greve no último dia 10 de fevereiro contra o plano de reestruturação anunciado em janeiro pela direção do banco. Os funcionários classificam esse plano como  “desmonte“ do Banco público.,. O plano prevê a demissão voluntária de 5 mil funcionários e o fechamento de 112 agências, 242 postos de atendimento e sete escritórios. Além disso, os bancários também lutam contra aextinção do cargo de caixa.

Na luta por seus  empregos, um grande número de bancários realizarou atos nacionais nos dias 15 e 21 de janeiro, além de uma paralisação de 24 horas no dia 29 do mesmo mês. A dirigente sindical e bancária do Banco do Brasil, Adriana Ferreira, explica que os funcionários  estão esperando uma negociação por parte da direção do banco e transparência nessas negociações. Além disso, afirmou que “depois da paralisação do dia 29, quando houve forte adesão da categoria ao protesto, novamente os bancários reforçaram que não irão aceitar passivamente este desmantelamento do Banco do Brasil”.

Em diversas partes do país, as agências estão fechadas. No dia 10, na capital federal, durante a manhã, um grupo de 200 trabalhadores chegou a fechar a sede do BB, onde fica o cofre central. A direção do banco acionou a Polícia Militar, que usou bombas de gás e spray de pimenta para evacuar o local. Apesar da repressão, a adesão à paralisação é de cerca de 60%, dos bancários do Banco do Brasil de Brasília.

Em São Paulo, os trabalhadores também conseguiram fechar o cofre principal, que fica na região central da cidade. Não houve registro de ocorrência policial. A adesão também ocorre em diversas agências, segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “A greve é importante para reivindicar respeito do banco por nós. Principalmente neste momento de pandemia, onde todo mundo está fazendo esforço hercúleo para manter as atividades do banco, gerando lucro. O BB deve soltar mais um resultado positivo amanhã. Isso é fruto do trabalho dos funcionários, não é por mágica”, declarou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

O fim das negociações intermediadas pelo Ministério Público do Trabalho - MPT, foi motivado pelo fim das comissões para escriturários que exercem a função de caixa. O banco chegou a propor a suspensão do descomissionamento por 30 dias. No entanto, a proposta foi considerada insuficiente pelos trabalhadores. Fukunaga também afirmou que a direção do BB continua se negando a informar quais agências serão fechadas.

É imperativo a adesão dos bancários à paralisação para evitar essas demissões e fechamento de agências. A lógica de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes será entregar esta importante empresa pública à iniciativa privada, principalmente após o período da pandemia, em que o lucro dos bancos em geral caíram vertiginosamente. Tudo para os banqueiros, nada para os bancários. È urgente a luta unificada de todas as categorias de trabalhadores na mira das privatizações!
 


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