• Entrar
logo

8 de Março será marcado pela denúncia da política genocida de Bolsonaro

O 8 de Março, dia internacional de luta das mulheres trabalhadoras, deste ano, mais do que nunca, será uma data de luta pela vida e por condições dignas de sobrevivência. Atos, debates e denúncias serão promovidos durante o mês de março pelas mulheres das Centrais Sindicais, dos movimentos sociais e feministas. A palavra de ordem da Central Única dos Trabalhadores para a data é: '' Pela vida das mulheres, resistiremos, contra a fome, a miséria e a violência! Vacina para todos e todas já, e fora Bolsonaro”. 

A Secretária da Mulher da CUT, Junéia Batista, disse que a luta é contra a fome e a miséria, que é um dos problemas sofridos por grande parte das mulheres na pandemia, e que se agravou ainda mais com o corte do auxílio emergencial de R$ 600 – R$ 1.200 para mães solo - aprovado pelo Congresso Nacional e pago pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL)  até dezembro. A dirigente acrescenta que a luta será por três coisas: a vacina urgente para todos, a volta do auxílio emergencial no valor de R $600, e Fora Bolsonaro e sua corja já.

Para Junéia, o desgoverno de Bolsonaro, que nada faz para salvar vidas e o emprego dos brasileiros e brasileiras, são os motivos do caos vivido pelo país, que registra hoje mais de 260 mil mortes pela Covid e o colapso do sistema hospitalar. 

Situação das mulheres 

A crise econômica que se agravou com a pandemia afeta de modo mais dramático as mulheres. A taxa geral de desemprego das mulheres é 39,4% superior à dos homens. A perda de renda, o fim do auxílio emergencial e a dificuldade para se recolocar no mercado de trabalho, faz com que nove a cada dez mães moradoras de favelas se encontrem em dificuldade para comprar comida para a família. Dados da Pnad Contínua, do IBGE, mostram que 8,5 milhões de mulheres deixaram a força de trabalho no terceiro trimestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano anterior.  

A desigualdade econômica entre homens e mulheres agrava a histórica perpetuação de violência de gênero e de violências fatais contra as mulheres e a violência doméstica a cada dois minutos faz uma vítima no país.  O Brasil está entre o quarto e quinto lugares dentre os cinco países com maior número de feminicídios do mundo. Estima-se que, durante a pandemia, o confinamento de pessoas em situação de estresse, decorrente tanto das dificuldades econômicas oriundas da perda de renda, como do maior tempo de convivência de vítima e agressor no mesmo domicílio, tenha aprofundado a violência doméstica.

A pandemia da Covid-19 comprovou que uma crise sanitária acirra as desigualdades já pré-existentes. O risco social de contágio e de acesso ao cuidado é desigual e são os mais oprimidos, mulheres, negros e pobres, que sofrem mais cruelmente os efeitos dessa crise. Para as mulheres negras, maioria entre as que estão na linha de frente dos trabalhos precarizados e da vulnerabilidade social, a situação é dramática. 

O 8 de Março deve ser, portanto, uma data para lembrar as lutas das mulheres trabalhadoras contra todo tipo de opressão oriundo da sociedade capitalista em que uma classe explora e domina a outra. Neste momento, é urgente organizar a resistência da classe trabalhadora contra a política genocida e de lesa pátria do governo Bolsonaro e as mulheres devem contribuir para essa luta, exigindo seus direitos conquistados historicamente nas batalhas do feminismo classista. 
 


Topo