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Carta às Centrais Sindicais, à Frente Brasil Popular e à Frente Povo Sem Medo

A iniciativa de se propor para hoje, 24 de março, o Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida, da Vacina, do Emprego, do Auxílio Emergencial de R$ 600 e Contra as Privatizações é de extrema importância, fundamental neste momento dramático para a classe trabalhadora brasileira. Nós, da Luta Pelo Socialismo (LPS) e demais sindicatos que assinam este documento, nos comprometemos a participar intensamente da atividade.

No cenário de agravamento da pandemia e do desemprego, os trabalhadores estão há mais de três meses sem o auxílio emergencial e assistem, assustados, o colapso do sistema de saúde e a ausência de um plano nacional e eficiente de vacinação. Ao invés de socorrer a população e investir no SUS, o governo Bolsonaro se preocupa em garantir o lucro dos banqueiros, aprova reformas que retiram direitos dos trabalhadores e cortam investimentos nos serviços públicos, além de se mostrar um verdadeiro capacho das nações imperialistas e suas corporações, que obrigam países como o Brasil a ficarem de fora da corrida comercial pela vacina. 

Neste sentido, está mais do que na hora de organizarmos um intenso movimento de massa, única forma de darmos uma resposta contrária à necropolítica que o governo Bolsonaro vem aplicando. No entanto, compreendemos que a convocação feita pela CUT nacional, demais centrais sindicais e pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo para a atividade do dia 24/03, embora tenha falado em paralisações, foi feita sem a devida preparação. Não houve, por exemplo, um debate com os sindicatos das principais categorias de trabalhadores que poderiam, de fato, fazer um movimento paredista no dia. Um chamado dessa magnitude deve ser acompanhado de medidas de organização da luta, um plano de trabalho de base, com a convocação de assembleias para debater com os trabalhadores a adesão ao movimento.

Sabemos que o poder público jogou nas costas da classe trabalhadora brasileira a defesa de suas vidas e de seus direitos. As importantes ações propostas para o dia 24, como panfletagens nas praças, terminais de ônibus, trem e metrô; o uso de carros de som; atos simbólicos; audiências públicas e uso de redes sociais devem servir como um “pontapé inicial” para a organização de uma Greve Geral por tempo indeterminado contra a política genocida, de terra arrasada, do governo Bolsonaro. Somente um movimento paredista nacional, convocado pelas centrais sindicais, organizações sociais e partidos de esquerda, com paralisação da produção e dos serviços públicos, poderá dar visibilidade e fortalecimento necessário para derrotar os planos de desmonte do Estado brasileiro.

Propomos que o dia 24 de março seja o primeiro momento de se organizar a luta contra os planos genocidas de nossos governantes, por meio da Greve Geral por tempo indeterminado! Sugerimos a convocação de uma Plenária Nacional das Centrais para organizar a Greve Geral!

Não às privatizações!

Por um auxílio emergencial, até o fim da pandemia, que atenda às necessidades dos trabalhadores!

Vacina já para todos!

Não à Reforma administrativa - PEC 32/2020!

Fora Bolsonaro e todo o seu governo!
 


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