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Imunização de rebanho é política genocida do Governo Bolsonaro

Um levantamento do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese), publicado no Boletim Emprego em Pauta número 18, mostrou que o número de desligamentos por morte no emprego celetista teve um aumento, no primeiro trimestre de 2021, de 71,6% em todo o País, em comparação ao mesmo período do ano passado.

O estudo aponta que nas atividades de atenção à saúde humana, o crescimento foi de 75,9%. Entre os médicos, os desligamentos por morte triplicaram e entre os enfermeiros, duplicaram. Na educação o crescimento foi de 106,7%, enquanto que no setor de transporte, armazenagem e Correios, o aumento foi de 95,2%.

Outro estudo divulgado em uma reportagem da BBC, de 7 de setembro de 2020, com base em cálculos envolvendo doenças como difteria, sarampo, coqueluche, poliomielite, rotavírus, pneumonia, diarreia, rubéola e tétano (maioria delas controlada ou eliminada no Brasil após campanhas de vacinação), comprova que a vacinação em massa evitaria, atualmente, ao menos quatro mortes por minuto no mundo. Isso geraria uma economia de R$ 250 milhões por dia, de acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a reportagem, a OMS afirma que “vacinas evitam de 2 a 3 milhões de mortes anualmente e poderiam salvar mais 1,5 milhão de vidas se sua aplicação fosse ampliada”. Para a Universidade de Oxford, no Reino Unido, essa estimativa pode ser considerada cautelosa, se tomarmos como base o exemplo da varíola, que matou 300 milhões de pessoas no século 20, até ser erradicada do mundo, em 1977.

Essas informações comprovam que a política negacionista, ideologizada no Brasil, faz parte da agenda genocída adotada pelo Governo Federal, que além de opor o isolamento social à imunização de rebanho,  que faz com que esste fato seja um dos que levaram às mais de 440 mil mortes no Brasil e o surgimento de novas cepas que desafiam os conhecimentos científicos sobre o controle da pandemia, ainda se dedicou a fazer campanha contra a vacinação da população, a exemplo das falas do próprio Bolsonaro. De acordo com o depoimento do gerente-geral da farmacêutica Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, à CPI da Covid-19, o governo brasileiro rejeitou, no ano passado, uma proposta da farmacêutica que previa a entrega de 70 milhões de doses de vacinas até dezembro deste ano. O absurdo é tamanho que destas, 1,5 milhões estavam previstas ainda para dezembro de 2020 e outras 3 milhões de doses para o primeiro trimestre deste ano. 

A expectativa de que a chegada das vacinas controlaria essa situação foi frustrada pela lentidão com que o processo de vacinação ocorre no Brasil e demais países dependentes, cujo acesso aos imunizantes está sob controle das grandes corporações imperialistas.

Fora Bolsonaro e todo o seu Governo!

 

Foto: Reprodução/Google


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