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Nota de Repúdio aos ataques contra a Comunidade Universitária da UFPB

Nós, da Luta Pelo Socialismo (LPS), vimos a público denunciar e repudiar os ataques do interventor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Valdiney Gouveia, contra o movimento docente, discente, servidores e aposentados da Instituição.

O sindicato dos docentes, Associação Docente da Universidade Federal da Paraíba (ADUFPB); dos servidores, do Sindicato dos Servidores do Ensino Superior (SINTESTPB), além do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e a Associação dos Aposentados (ASIP) estão sendo confrontados de forma arbitrária, oportunista e antidemocrática por parte da gestão administrativa atual que, vale ressaltar, sequer foi eleita pela comunidade universitária. Na última semana, as direções representativas dos referidos seguimentos foram notificados pela procuradoria da Universidade a pagarem, num prazo de 48 horas, os “aluguéis atrasados” de suas respectivas sedes – uma dívida de mais de R$ 800 mil, além de taxas de água e luz. 

A Procuradoria Geral da República, submetida a sanha facista do Governo Federal, vem pautando, principalmente junto às procuradorias, onde os reitores são interventores, a cobrança de somas exorbitantes e impagáveis, algo sem precedentes na história dos movimentos que têm suas sedes dentro dos campi há muitas décadas e nunca deixou de cumprir seus contratos e acordos. No caso particular da UFPB, o apassivamento, fruto das negociações e de decisões dos Conselhos Universitários, tornou possível e garantiu a permanência das sedes das entidades até o momento. Tal conquista é fruto da resistência do movimento docente e discente.  

A ação do interventor, o último colocado nas eleições, de tentar negar e rejeitar os contratos e os acordos pré-estabelecidos entre as partes nas gestões passadas, é um evidente ataque às organizações sindicais e estudantil, visando o desmonte dessas estruturas. Valdiney Gouveia segue à risca a cartilha de Jair Bolsonaro, que o empossou, à revelia da comunidade universitária, para viabilizar, por dentro, o processo de desmonte e privatização do ensino superior. 

A tentativa da reitoria e de sua procuradoria de manobra para inviabilizar a existência das sedes das entidades dentro do espaço dos campi universitários, usando para isso medidas retroativas à Constituição de 88, precisa ser enfrentada por toda a sociedade brasileira, especialmente a Comunidade Universitária. Tais medidas foram “requentadas” a partir do golpista Michel Temer e, agora, resgatadas e postas em prática pelo genocida que ocupa o cargo de presidente e seus lacaios, que têm usado de todas as artimanhas para perseguir e reprimir o movimento sindical, estudantil e os movimentos populares.

O que temos em curso é um retrocesso geral, visando a quebra da autonomia e da democracia universitária em todos os sentidos. Assistimos diariamente as tentativas de privatização da educação pública, basta ver os inúmeros cortes nos orçamentos, que têm colocado “em xeque” a existência de várias universidades e sua gratuitidade. As cobranças estratosféricas, atropelando os acordos e contratos pré-existentes, são demonstrações cabais da perseguição política às direções e movimentos. O objetivo é acuar e forçar a desocupação das sedes das entidades que atuam, sem fins lucrativos, na defesa de suas categorias. Como antes, faz-se necessário a unidades da comunidade universitária na luta contra os desmandos do Reitor e do governo Bolsonaro, que ataca sistematicamente as universidades públicas. 

Não à quebra da autonomia e democracia universitária! 

Em defesa das universidades públicas, gratuitas e de qualidade!

Não à privatização do Educação!

Fora Bolsonaro e todo o seu governo!


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