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Negligência na pandemia: mortes de trabalhadores na área da educação sobe 128%

Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese - apontam que 1.479 contratos de professores e outros profissionais do setor da Educação foram encerrados por óbito entre janeiro e abril de 2021. No mesmo período do ano passado, eram 650. O aumento percentual foi maior em estados que têm maiores taxas de mortalidade por Covid-19, como Rondônia, Amazonas e Mato Grosso.

Em números absolutos, São Paulo lidera o número de contratos encerrados devido à morte de trabalhadores da educação, seguido por Rio de Janeiro e Minas Gerais, com aumentos de 153%, 73% e 49%, respectivamente

Os dados confirmam a negligência dos governantes em relação à vida da população na pandemia. As escolas foram fechadas em março de 2020 e, de lá prá cá, todas as iniciativas de reabertura não foram acompanhadas dos necessários protocolos de biossegurança. Muitos profissionais foram obrigados a se deslocar para trabalhar antes mesmo do início da vacinação. 

Foi preciso muita luta para que os professores da educação básica recebessem a vacinação, ainda que de forma lenta e, de acordo com o portal G1, uma análise feita em São Paulo aponta que professores que trabalharam presencialmente nas escolas tiveram risco quase três vezes maior de desenvolver Covid-19 do que a população da mesma faixa etária no estado. Agora, com a promessa de reabertura total das escolas em agosto, o governo paulista colocará em risco as crianças e os jovens que, não vacinados, se tornam suscetíveis à contaminação pelas novas cepas mais agressivas do coronavírus.

Na educação, a pandemia serviu para acelerar os mecanismos de privatização, com a inserção de grupos privados no setor público, e aumentar as mortes e a exclusão escolar. Resultado das políticas neoliberais que colocam o lucro acima da vida.
 

Foto: Divulgação / Luciana Carneiro / Prefeitura de Niterói


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