Em meio às dificuldades econômicas, sociais e da crise sanitária vividas pelo povo cubano, acumuladas mediante um pesado bloqueio e embargos externos, que já duram mais de 60 anos, Cuba enfrenta uma forte campanha de ataques, vinda principalmente do governo dos EUA. O mundo acompanhou estarrecido a sórdida campanha contra a ilha caribenha, que culminou com os protestos ocorridos na semana passada.
A intenção do imperialismo é desencadear uma revolta popular. Sabe-se que esta campanha é bem articulada pelo governo dos EUA, apoiada por grupos de opositores cubanos de direita que vivem em Miami. Como parte das ações, por exemplo, cerca de 22 bilhões de mensagens contra o governo cubano foram espalhadas pelas redes sociais, que culminaram no ato da semana passada. As manifestações ocorreram em aproximadamente oito cidades, incluindo Havana. Diante dos protestos, o presidente de Cuba, Miguel Diaz Canel, foi pessoalmente conversar com os manifestantes, na cidade onde o movimento começou, San Antônio de Los Banhos. O governo Diaz Canel controlou a situação, atendendo emergencialmente algumas reivindicações do movimento. Liberou-se a entrada de medicação e alimentos, sem limites alfandegários; prometeu-se melhorar as condições hospitalares e o uso das últimas reservas existentes no País para conclusão de termoelétricas para resolver os apagões elétricos. Por outro lado, o governo aproveitou a própria crise para ampliar, a nível mundial, uma campanha contra os bloqueios econômicos liderados pelos EUA e rejeitou a armadilha de “ajuda humanitária” dos que são responsáveis diretos pela crise econômica de Cuba.
Vários países articulam ajuda ao governo cubano. Foi anunciada ajuda de medicamentos e mantimentos a serem doados pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e pela Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) ao povo cubano, que enfrenta no momento a terceira onda da pandemia de Covid-19. Vale lembrar que o governo cubano em muito ajudou no combate à Covid-19, enviando equipes médicas, logo no início da pandemia, para vários países. Mesmo diante de toda crise que o País enfrenta, Cuba está desenvolvendo vacinas para combater o vírus. Uma delas, a mais promissora, que leva o nome de Abdala, já recebeu autorização para utilização de emergência, sendo a primeira vacina latino-americana para combater o SARS-Cov-2.
A crise Sanitária acelerou, diante dos bloqueios, a crise econômica e social em Cuba e, ao mesmo tempo, expôs ao mundo como funciona e age a burguesia internacional. A pior ditadura é a do regime da “democracia” imperialista. Mesmo diante de todas as limitações econômicas, Cuba é o único País da América Latina a desenvolver vacinas contra a COVID e tem dois imunizantes aprovados e três em estudo. Porém o bloqueio econômico impede que as vacinas sejam amplamente fabricadas para que toda população tenha acesso. Isso tem provocado um atraso da vacinação em massa, o que teria evitado a terceira onda. Também faltam seringas. Organizações não governamentais, espalhadas em vários países, a exemplo da Itália, Chile, Espanha e no próprio EUA, planejam enviar à Cuba 20 milhões de seringas para acelerar a vacinação em massa de sua população de cerca de 11,2 milhões de pessoas.
Como se vê, os países imperialistas têm se colocado no mundo e atuado insistentemente como verdadeiros genocidas da população, especialmente dos países pobres e pouco desenvolvidos. São verdadeiras aves de rapina