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Não ao fim dos Centros de Referência à Saúde Mental: saúde não é mercadoria!

Os trabalhadores da Saúde, principalmente enfermeiros e técnicos em enfermagem, sofrem com as extenuantes jornadas de trabalho, baixos salários e pela falta de profissionais da área, principalmente médicos. 

Em Belo Horizonte, capital mineira, o problema afeta sobretudo o atendimento nos Centros de Referência à Saúde Mental (CERSAMs), responsáveis por atender, pelo SUS, os pacientes em crises ou surtos psicóticos. Essas unidades são frutos de uma luta travada pela sociedade civil e trabalhadores da saúde pelo fim dos manicômios e internações de longos períodos e também contra as hospitalizações compulsórias por alcoolismo e outras dependências químicas. 

Como faltam profissionais médicos, principalmente no período noturno e nos finais de semana, a Secretaria Municipal de Saúde criou a possibilidade de um plantão, em que médicos são consultados por telefone e orientam outros profissionais no atendimento dos pacientes. A medida causou mais acúmulo de trabalho para o corpo de enfermagem, que tem que assumir todas as tarefas do atendimento presencial dos pacientes, conforme denunciam os sindicatos e o Conselho Regional de Enfermagem (COREN). 

As denúncias irritaram setores elitistas dos profissionais de medicina que, ao invés de somarem forças junto aos outros trabalhadores, optaram pelo retrocesso de fechar os CERSAMse, deixando sem assistência uma parcela vulnerável da população. Esse grupo de profissionais atua em nome de interesses corporativos e econômicos, uma vez que as internações geram lucros para as redes privadas que atuam em parcerias com o Estado. Incentivar o fechamento dos Centros de Referência à Saúde Mental é apoiar a política de Saúde do governo Bolsonaro, que coloca em risco os avanços obtidos nas últimas décadas por meio da Política Nacional de Saúde Mental do SUS, da Reforma Psiquiátrica e da Luta Antimanicomial. 

Os trabalhadores da Saúde e os médicos progressistas repudiam esse retrocesso e denunciam as tentativas de setores da iniciativa privada de querer lucrar com a doença da população, fundando hospitais psiquiátricos para abocanhar dinheiro do SUS.

Não ao fechamento dos CERSAMs!

Pela valorização dos trabalhadores do SUS!

Contra a volta dos manicômios e das internações compulsórias!
 


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