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Nota da Luta Pelo Socialismo sobre o ato do dia 12 de setembro

Organizações de direita como o MBL (Movimento Brasil Livre) e o “Vem pra Rua”, junto a partidos de direita como NOVO, DEM e do chamado “centro”, como Podemos e PDT, convocaram uma manifestação, neste dia 12 de setembro, pelo impeachment de Bolsonaro. Nós, militantes da Luta Pelo Socialismo - LPS, vimos a público explicar o porquê não participamos dessa manifestação.
Nossa organização participa ativamente da Campanha Nacional pelo Fora Bolsonaro, com várias organizações de esquerda e progressistas, mas não coadunamos com aqueles que, de forma oportunista, querem ocupar as ruas se dizendo contra esse governo genocida, antitrabalhador, enquanto dentro do Congresso Nacional apoiam toda sua agenda econômica contra o povo e os trabalhadores.
Parcela significativa desses que convocaram as manifestações votou e vota nas reformas que atacam direitos históricos dos trabalhadores e vem apoiando sistematicamente a agenda do governo. São os mesmos que apoiaram as Reformas da Previdência e Trabalhista, que defendem as privatizações e chamam os servidores públicos de vagabundos, como é o caso do deputado estadual de São Paulo, Arthur do Val (DEM), o “Mamãe Falei”, integrante do MBL. Esses grupos, em todos os espaços, inclusive no Congresso Nacional, atuam para entregar o País à sanha dos lucros da grande burguesia. 
Esses que fazem a convocação fugiram dos atos organizados pelos movimentos sociais no dia 07 de setembro, pois não têm compromissos com as reivindicações do povo.
Todo esse jogo de cena, de se colocar na oposição a Bolsonaro, esconde o fato de que buscam apoio popular para criarem uma terceira via eleitoral sem compromisso com a classe trabalhadora e desatrelada das necessidades da população. Na verdade, querem o “bolsonarismo”, sem Bolsonaro. Ou seja, trata-se das mesmas vias fascista, militar ou "parlamentarista" que se apresentam como “opção” diante da crise, diferindo nos métodos, mas coincidindo na busca pela destruição das conquistas históricas dos trabalhadores e a entrega da soberania nacional. Em momentos históricos como o que vivemos agora, setores que contribuíram para a ascensão do protofascismo se sentem ameaçados, já que a crise do capitalismo os coloca em disputas internas e sinalizam alianças para conter o "mal maior".
A classe operária não pode nutrir qualquer ilusão nas alianças com a direita. É necessário que os partidos de esquerda, centrais sindicais e movimentos sociais articulem imediatamente uma plenária nacional para debater o rumo do movimento nacional do Fora Bolsonaro e deliberar uma nova data para ocupar as ruas e organizar uma Greve Geral contra esse Governo e toda a agenda econômica da direita. Bolsonaro deve cair pelas mãos dos trabalhadores.
 

Vacina no braço, comida no prato!
Fora Bolsonaro e todo o seu Governo!
Pela Frente Única das Forças de Esquerda!

12 de setembro de 2021.


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