O governo Bolsonaro tem atuado de forma ofensiva contra os serviços públicos, num processo acelerado de retirada de direitos dos servidores: Reforma da Previdência, privatizações e a precarização das condições de trabalho são as estratégias do governo para destruir o Estado e entregar à iniciativa privada o controle dos serviços que atendem à população. Para aprofundar o desmonte, os governistas ainda querem aprovar a Reforma Administrativa, por meio da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32.
Como forma de enfrentar essa pauta, servidores públicos de todo o Brasil prometem organizar uma mobilização nacional em defesa do direito constitucional ao reajuste salarial, negado pelo presidente no orçamento de 2022. A reivindicação imediata é de uma reposição de 19,9% nos salários. No entanto, há categorias cuja corrosão inflacionária nos salários chega a 29%. A agenda de lutas prevê a realização de Assembleias e plenárias das categorias com indicativo de Greve Nacional dos Servidores Públicos a partir de 09 de março.
Em um governo marcado por denúncias de corrupção e inflação galopante, a população perde o poder de compra com a defasagem salarial e o aumento do desemprego. Enquanto Bolsonaro destina bilhões para emendas do orçamento secreto, se recusa a dar a reposição salarial dos servidores públicos, além de atacar carreiras e direitos historicamente conquistados. Só há previsão de reajuste salarial para as categorias de segurança, dentre elas os policiais militares, braço armado do Estado e, majoritariamente, base eleitoral do governo.
É urgente organizar a luta contra os desmandos do governo Bolsonaro, que tem por objetivo destruir os serviços públicos em nome dos interesses de empresários bilionários, enquanto pavimenta o caminho para sua reeleição, favorecendo grupos que o apoiam. A mobilização dos servidores públicos favorece toda a classe trabalhadora que vem sendo privada de direitos básicos, como Saúde e Educação de qualidade. Defender os serviços públicos é defender a classe trabalhadora e seus direitos.
Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
