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1º de Maio: um dia de lutas das classes trabalhadoras!

Originalmente, o 1º de Maio era um dia de greve, um dia de unificação das lutas das classes trabalhadoras, para reivindicar por melhores condições de trabalho e vida. No Brasil, na era Vargas, a data teve seu nome alterado para o “Dia do Trabalho” e a manifestação, que era dos trabalhadores para exigir direitos, se transformou em uma festa para homenagear o trabalho, ou seja, a exploração do mundo capitalista. Transformá-lo em feriado foi mais uma das manobras da burguesia para controlar o movimento. Essa ideia de um “trabalhador normatizado”, legislado pelo Estado, deixou heranças profundas no sindicalismo brasileiro. Mesmo com o surgimento de um movimento independente, após o fim da Ditadura Militar, a data manteve sua característica festiva, descolada das lutas empreendidas pelos trabalhadores de todas as categorias ao longo do ano. 

Contudo, conforme a crise capitalista foi ampliando, a exploração se intensificando e as condições de trabalho e vida se deteriorando, a necessidade de um 1º de Maio voltando às suas origens se torna cada vez mais intensa. É preciso retomar, urgentemente, esse espírito combativo que a data simboliza, um dia de lutas e protestos da classe trabalhadora, que conclame à greve e à manifestação, que faça a agitação entre as massas, a fim de despertá-las, de atraí-las para às ruas, palco das grandes transformações sociais.

A atual crise mundial do capitalismo, que se expressa na guerra da OTAN contra a Rússia, trará grandes desafios aos trabalhadores, que sempre pagam o preço dos colapsos da burguesia. Retirada de direitos, desemprego e empobrecimento da população já são sentidos em todo o mundo. No Brasil, o governo Bolsonaro foi colocado no poder para realizar as reformas neoliberais que destroem os serviços públicos, precarizam as condições de trabalho e entregam as empresas estatais, de bandeja, às corporações estrangeiras. Apesar das pesquisas eleitorais indicarem a rejeição popular à reeleição de Bolsonaro, não podemos “relaxar”, pois os planos da burguesia é manter esse projeto de desmonte do Estado e para isso fazem uso da máquina que está nas mãos, do apoio dos militares e da grande burguesia, que colocam a reeleição de Bolsonaro como primeiro plano, justamente por não conseguirem fazer decolar, nesse momento, sua terceira via para as eleições.

Nesse sentido, o 1º de Maio deverá levar às ruas a necessidade de se organizar a campanha eleitoral com vistas ao fortalecimento do campo progressista, para derrotar o fascismo e o conjunto das políticas neoliberais. Mas, principalmente, colocar a urgência em se organizar os trabalhadores para a luta, pois somente ela, nas ruas e em greves, garantirá a derrota dos inimigos dos trabalhadores.
 


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