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Polícia: servindo e protegendo aos interesses da exploração capitalista

No último dia 25 de maio, ficamos diante de mais uma expressão da barbárie vivida neste momento político de nossa história. Genivaldo Jesus Santos, de 38 anos, que sofria de transtornos mentais, foi assassinado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com crueldade que remonta às práticas fascistóides de tortura dos regimes ditatoriais – ele é atirado, algemado, no porta-malas da viatura, com vidros fechados, enquanto policiais jogam gás lacrimogênio e fecham o compartimento e assistem sua morte por asfixia. Na mesma semana, uma operação policial na favela do Cruzeiro, na cidade do Rio de Janeiro, também conduzida pela PRF, em conjunto com o Batalhão de Operações Especiais (BOPE), deixou  25 mortos, entre eles uma mulher atingida em casa por uma “bala perdida”. 

Segundo matéria publicada no G1, em 01 de junho, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), um órgão internacional, que emitiu um alerta sobre a tragédia social no Brasil, referente à violência policial, citou que foram 593 chacinas ocorridas no País em 14 anos. 

As matanças policiais são modus operandi do sistema capitalista e a grande questão é que quem está no centro deste “caldeirão” de mortes e massacres são as pessoas da classe mais oprimida, em sua esmagadora maioria pessoas negras, mulheres, crianças. O Estado burguês, hoje nas mãos de um governo ultraconservador, tem como prática escolher quem morre e quem vive. A população das favelas e dos aglomerados urbanos segue sendo desumanizada, a cada dia de forma mais intensa, seja na precarização de seus direitos trabalhistas, seja pela truculência do aparato repressor do Estado.

Não há interesse algum deste governo em construir políticas públicas para minimizar os efeitos da violência policial, pois é esta força que garante que o “morro” não saia do seu controle e, assim, essas pessoas continuem a ser escravizadas e exploradas ao máximo como força de trabalho. 

A polícia segue firme no seu objetivo de servir aos interesses da classe dominante. O lema “Servir e Proteger” nunca foi tão bem aplicado aos seus reais objetivos: manter intocado o estilo de vida das elites econômicas. Na atual conjuntura de crise capitalista, existe ainda a necessidade de o Estado bolsonarista aumentar a truculência e a repressão contra a classe trabalhadora e, assim, silenciá-la para aumentar a exploração sem o risco de terem seus lucros diminuídos.

Portanto, enquanto o Estado for capitalista, “todo camburão terá um pouco de navio negreiro”. O racismo, em todas as suas formas, existe para excluir, desumanizar, “justificar” o assassinato e a exploração da força de trabalho nos seus modos mais viscerais de violência. Só o fim do modo de produção capitalista será capaz de descontruir a motivação para tortura e destruição contra a classe pobre. 
 


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