O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte – Sindibel, denuncia a situação de servidores adoecidos em relação às perícias médicas no município, que continuam sendo agendadas e realizadas de forma remota. De acordo com o sindicato, várias reuniões foram feitas com responsáveis pelo assunto na Secretaria Municipal de Saúde para reivindicar que exista o atendimento presencial aos trabalhadores que não têm habilidades e ou recursos tecnológicos para lidarem com o atendimento virtual.
Com o alto número de casos de Covid, os servidores afastados não estão conseguindo agendar suas perícias por e-mail e em junho já não havia mais vagas para consultas. Outro problema é a recusa do setor de perícias em aceitar atestados psiquiátricos com mais de 60 dias, o que compromete o tratamento solicitado pelo médico a fim de garantir a recuperação da pessoa adoecida. O trabalhador, que já está com o salário reduzido devido à licença, fica obrigado a pagar novas consultas para requisitar mais dias de afastamento, ou a trabalhar doente.
A ausência do atendimento presencial não possibilita aos médicos verificarem a real situação dos trabalhadores e o que deveria ser uma consulta médica se transforma em um mecanismo burocrático em que a saúde das pessoas é avaliada sem se respeitarem os problemas reais de cada caso. Todo esse descaso com a saúde do trabalhador faz parte da precarização do trabalho cujo objetivo é facilitar a privatização dos serviços públicos essenciais à população.
