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“Guerra ao Terror” aumenta o lucro das gigantes de tecnologia

Um relatório produzido por três grupos de defesa dos direitos civis e da justiça social, intitulado Big Tech Sells War ("Gigantes da Tecnologia Vendem Guerra”), denuncia que, a partir de 2004, ocorreu uma profusão de contratos entre o governo dos Estados Unidos e as empresas Amazon, Facebook, Google, Microsoft e Twitter. Em meio à chamada “guerra ao terror”, essas gigantes da tecnologia (big tech) teriam lucrado bilhões através de contratos com as Forças Armadas e agências de Defesa dos Estados Unidos.

Analisando os documentos obtidos através da ferramenta online Tech Inquiry, que permite aos usuários acessar dados sobre contratos com o governo americano, a entidade Action Center on Race and the Economy e os grupos de justiça social LittleSis and MPower Change observaram que somente o Departamento de Defesa dos EUA gastou 43,8 bilhões de dólares em contratos com as chamadas big tech, desde 2004. 

A demanda por parte dos militares e da inteligência americana pelas chamadas nuvens de dados e softwares de localização via GPS cresceu desde 2001, enquanto a indústria armamentista se tornava cada vez mais digitalizada. O relatório afirma que quatro das cinco agências que mais gastaram com essas empresas lidavam com política externa ou "foram estabelecidas como resultado direto da ‘guerra global ao terror’”.

De acordo com o relatório, 86% dos contratos da Amazon e 77% dos contratos do Google com agências governamentais estadunidenses estariam diretamente ligados à guerra ao terrorismo. Já a Microsoft, entre 2016 e 2018, durante o governo do presidente Donald Trump, aumentou em seis vezes o total de acordos assinados.

Dados como esses revelam que a guerra é um negócio lucrativo para as potências imperialistas. Enquanto a classe trabalhadora dos EUA empobrece, a grande burguesia, sob o pretexto de combate ao terror, lucra com conflitos que destroem países e massacram populações pelo mundo afora. A indústria da guerra está, também, por trás da insistência do governo de Joe Biden em manter a guerra que os EUA prepararam contra a Rússia, apesar da evidente crise social e econômica que ela provocará em seu país e na Europa.  

A guerra instalada na Ucrânia recrudesce a ação do que o ex-analista da Agência Central de Inteligência (CIA), Ray McGovern, batizou de Complexo Militar-Industrial-Congressional-Inteligência-Mídia-Academia-Institutos & Centros de Estudos (em inglês: MICIMATT. Complex Military-Industrial-Congressional-Intelligence-Media-Academia-Think Tank). Se a esse complexo adicionarmos as “big tech” e a indústria farmacêutica, fica fácil entender que os governos burgueses não passam de fantoches das corporações capitalistas, que agem somente em nome de suas taxas de lucros.

Aos trabalhadores do mundo, bucha de canhão nas guerras que os matam como soldados ou de fome, resta a luta pela derrubada do sistema capitalista, que promove carnificinas em nome dos lucros de “meia-dúzia” de parasitas.
 


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