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Desigualdade social, exclusão e pobreza

A pobreza avançou no Brasil desde que Dilma Rousseff foi derrubada da Presidência da República pelo golpe aprovado pelo Congresso Nacional. Desde de 2016, com o começo do governo Temer, a deterioração do mercado de trabalho e a distribuição desigual de ocupações e rendimentos entre os trabalhadores são elementos importantes para a queda da renda das famílias mais pobres. A mentira foi evidenciada: a “Reforma” Trabalhista do golpista Michel Temer, em lugar de criar mais empregos, levou ao aumento da informalidade, com empregos sem carteira assinada, sem garantias trabalhistas e com “salários” rebaixados. A desigualdade avançou e a renda dos brasileiros caiu. 

Enquanto o governo não apresentar soluções nas políticas econômicas, educacionais, de saúde, assistência etc., no conseguirá acabar ou diminuir a linha de pobreza que vem aumentando em nosso País. Segundo a escritora Maria Paula dos Santos, em sua obra O Estado e os Problemas Contemporâneos, “uma das formas mais tradicionais de se caracterizar a pobreza tem sido defini-la como ‘insuficiência de renda’”. São os pobres que vivem com rendimentos abaixo do suficiente para as suas necessidades básicas, excluídos pelo sistema capitalista, que tem como base de sua perspectiva política-econômica a exploração do homem pelo homem. Além disso, este mesmo sistema, que falsamente promete possibilidades de ascensão social dentro do capitalismo, evidencia sua farsa, uma vez que as oportunidades de estudo e trabalho não são igualitárias, levando grande parte da população a passar necessidades básicas em seu dia a dia.

No governo de Jair Bolsonaro, a condução política econômica é desastrosa. As altas taxas de desemprego e de informalidade e a disparada da inflação estão entre os fatores que contribuíram para aumentar em 74% o número de pessoas que passam fome no Brasil. Isto, consequentemente, contribui para o aumento das pessoas que vivem em situação de rua. Só entre dezembro de 2020 a abril de 2022, o total de pessoas com fome no País aumentou de 19 milhões para 33,1 milhões.

O governo, além de não apresentar soluções, já que é o responsável pela manutenção desta política-econômica, se esquiva das responsabilidades com a população. Como sabemos, no Brasil, o que se observa é a concentração de recursos nas mãos de uma minoria. 

A má distribuição de renda contribui em muito para que a pobreza seja generalizada. Não basta o país ter um grande Produto Interno Bruto, se toda renda fica centralizada na mão de poucos. 

Dentro dos marcos do sistema capitalista, em um programa mínimo de ação, nossa luta para combater a pobreza caminha no sentido de unir políticas de incentivo ao aumento do poder de compra dos salários dos trabalhadores e uma necessária distribuição de renda. Sabemos, no entanto, que mesmo políticas públicas neste sentido são insuficientes para a resolução do problema da exploração do homem pelo homem. Lutas nesse sentido servem para o despertar da consciência da classe trabalhadora, em busca de uma mudança sistêmica que retire do centro da lógica de produção a concentração individual de lucros e passe a ter a igualdade enquanto norte.

Foto: Shutterstock


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