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Por um 1º de Maio classista e combativo

O 1º de Maio foi instituído como o Dia Internacional dos Trabalhadores, em 1889, pela Segunda Internacional, ou Internacional Socialista, que foi uma organização dos partidos socialistas e operários criada no mesmo ano por iniciativa de Friedrich Engels. A data foi escolhida para homenagear os mártires de Chicago, trabalhadores que foram assassinados por participarem de uma grande greve ocorrida em várias cidades estadunidenses, que reuniu 350.000 trabalhadores.

Em Chicago, a greve foi protagonizada por 40.000 trabalhadores, com meios de transportes parados e mobilizações em todos os lugares. A palavra de ordem era: “8 horas de trabalho, 8 horas de descanso e 8 horas de lazer” e a repressão policial foi violenta. Os organizadores da greve foram presos e cinco deles condenados à morte. Assim, a data se consolidou como, além de um dia de unificação das lutas da classe trabalhadora por melhores condições de trabalho e de vida, um ato dos oprimidos, classista, socialista e internacionalista, em defesa da independência política dos trabalhadores diante da burguesia.

No Brasil, na era Vargas, a data teve seu nome alterado para o “Dia do Trabalho” e a manifestação, que era dos trabalhadores para exigir direitos, se transformou em uma festa para homenagear o trabalho, no caso, a exploração do mundo capitalista. Transformá-lo em feriado foi mais uma das manobras da burguesia para controlar o movimento. Mesmo com o surgimento de um movimento sindical independente do Estado, após o fim da Ditadura Militar, a data manteve sua característica festiva, descolada das lutas empreendidas pelos trabalhadores de todas as categorias ao longo do ano.

Contudo, conforme a crise capitalista se amplia, a exploração se intensifica e as condições de trabalho e vida se deterioram, a necessidade de um 1º de Maio voltado às suas origens se torna mais intensa. É preciso retomar o espírito combativo que a data simboliza: um dia de lutas e protestos da classe trabalhadora, que neste momento, no Brasil, requer o apoio ao governo eleito, violentamente atacado por um Congresso Nacional conservador, pelos setores bolsonaristas das forças armadas e pela imprensa, porta voz dos interesses dos patrões e da grande especulação financeira. As eleições barraram o projeto da extrema-direita contra o povo, mas não liquidaram o poder da grande burguesia em pressionar o novo governo em favor de seus interesses. É preciso uma grande agitação entre as massas, a fim de despertá-las, de atraí-las para as ruas, palco das grandes transformações sociais, contra as pressões que aqueles que só visam lucros fazem sobre o governo.

Uma nova ordem mundial surge com as mudanças provocadas pela crise do império estadunidense. Mas a mudança não ocorrerá sem guerras e contradições. Mais do que nunca, o momento é de unidade entre os trabalhadores de todo o mundo, contra o crescimento do fascismo e contra as imposições neoliberais que retiram direitos, desempregam e empobrecem a população mundial.

Na defesa dos serviços públicos de qualidade, é preciso lutar pelos direitos dos servidores. Na defesa do papel social das empresas estatais é preciso lutar contra as privatizações, que não passam de operações lesa-pátria, e pelas condições de trabalho dos funcionários dessas empresas. É preciso exigir uma política de valorização real do salário mínimo e pelo fim da autonomia do Banco Central, herança bolsonarista que mantém a política de juros altos para sabotar o crescimento econômico capaz de gerar empregos.

Nesse sentido, o 1º de Maio deverá levar às ruas a urgência em se organizar os trabalhadores para a luta, pois somente ela, nas ruas e em greves, garantirá a derrota dos inimigos dos trabalhadores.

Mais empregos e renda

Fim da Autonomia do Banco Central! Fora Campos Neto

Valorização do salário mínimo

Revogação das Reformas Trabalhista e da Previdência

Revogação da Reforma do Ensino Médio

Trabalho igual, salário igual – Convenção 156 (OIT)

Valorização do servidor público – Convenção 151 (OIT)

Contra o assédio moral, a violência e o racismo

Não às privatizações

Foto: Luiz Rocha


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